Cotações
Clima na América do Sul derruba cotações da soja e do milho
Vencimento da soja para março/25 recuou mais de 2%, a US$ 10,19 por bushel
Sabrina Nascimento | São Paulo
16/01/2025 - 18:55

As cotações de soja, milho e trigo fecharam em queda na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira, 16. O movimento foi influenciado principalmente por sinais de melhora no clima nas regiões produtoras da América do Sul afetadas pela seca.
A soja liderou as perdas, com o contrato para março/25 caindo 2,12%, para US$ 10,19 por bushel. No mesmo vencimento, o milho recuou 0,76%, encerrando a US$ 4,74 por bushel, enquanto o trigo caiu 1,58%, fechando em US$ 5,37 por bushel.
Segundo a analista da AgRural, Daniele Siqueira, a soja passou por correções técnicas. As cotações devolveram parte dos ganhos registrados desde meados de dezembro e, particularmente, na última semana, após a divulgação do relatório de oferta e demanda mundial de grãos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
“O mau desempenho dos registros de exportação de farelo de soja dos Estados Unidos no relatório semanal divulgado hoje pelo USDA contribui para o movimento de realização de lucros na soja. Assim como, na verdade principalmente, a expectativa de alguma melhora do clima em áreas secas da América do Sul”, disse Siqueira.
A mesma dinâmica é observada para o milho, que vinha ensaiando um movimento de alta nos últimos dias, aproximando-se da máxima registrada desde junho do ano passado, quando atingiu US$ 4,88 por bushel. Na terça-feira, o preço chegou a US$ 4,79 e, na quarta-feira, a US$ 4,79, mas, em seguida, iniciou um movimento de queda.
De acordo com a analista da AgRural, o efeito do relatório do USDA divulgado na última semana já foi absorvido pelo mercado. “Como fator isolado de levar a novas altas, acredito que o efeito já tenha passado. Mas a redução da produção 2024/25 de soja e milho dos EUA e a queda na previsão dos estoques finais dão suporte ao mercado”, pontua Daniele, ressaltando que os dados podem não levar a novos ralis, mas são importantes para limitar movimentos de queda.
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