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Açúcar atinge menor preço em quatro anos, aponta Cepea

Usinas paulistas começam a direcionar parte da produção ao etanol, apesar do risco de queda nos preços com o acordo Brasil-EUA

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Redação Agro Estadão

28/10/2025 - 12:00

Demanda global tende a seguir moderada, afetada pela popularização dos medicamentos GLP-1 | Foto: Adobe Stock
Demanda global tende a seguir moderada, afetada pela popularização dos medicamentos GLP-1 | Foto: Adobe Stock

Os preços do açúcar cristal no mercado spot paulista atingiram o menor patamar das últimas quatro safras. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no dia 22 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq fechou a R$ 112,02 a saca de 50 kg, considerado o valor mais baixo desde abril de 2021.

A pressão, de acordo com o centro de pesquisas, vem da maior flexibilidade das usinas em reduzir os valores de suas ofertas, sobretudo nas negociações envolvendo o tipo cristal Icumsa 180.

Além do movimento doméstico, a queda é reforçada por fatores externos. Projeções que indicam o excedente global de açúcar têm derrubado as cotações internacionais, o que amplia o espaço para recuo nos preços internos.

CONTEÚDO PATROCINADO

De acordo com o relatório semanal da XP, o mercado global de açúcar segue pressionado pela oferta abundante. Na safra 2025/26, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) apontou aumento de 0,8% na produção acumulada até 1º de outubro. Uma recuperação significativa em relação à queda de 12% registrada no início de agosto. A expectativa para 2026/27 também é de continuidade do cenário de superávit, segundo discussões durante a “Sugar Week”, realizada em São Paulo na última semana. 

A XP destaca ainda que a demanda global deve permanecer moderada, influenciada pela popularização dos medicamentos à base de GLP-1, que reduzem o consumo de açúcar.

No Brasil, algumas usinas começam a direcionar parte da produção ao etanol, favorecidas pela paridade de preços, embora exista o risco de mudanças tarifárias vindas do acordo Brasil-EUA, que podem afetar a competitividade do produto brasileiro.

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