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Cotações

O que esperar da arroba do boi gordo em novembro? Especialistas explicam 

Apesar de uma possível retração nas compras da China, oferta restrita e exportações em alta devem sustentar o preço da arroba do boi gordo

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Redação Agro Estadão

04/11/2025 - 11:12

No mercado futuro, contrato do boi gordo para novembro abriu a semana em alta. Foto: Adobe Stock
No mercado futuro, contrato do boi gordo para novembro abriu a semana em alta. Foto: Adobe Stock

O mês de novembro começa com boas perspectivas para o mercado pecuário brasileiro. A combinação de oferta restrita de animais para o abate, exportações em ritmo intenso e expectativa de melhora no consumo interno tende a sustentar os preços do boi gordo nas próximas semanas.

Durante a primeira quinzena do mês, a expectativa é de que as cotações continuem firmes, assim como em outubro. O movimento é sustentado por fortes fatores do mercado interno e externo. 

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De acordo com a Agrifatto consultoria, as escalas de abate permanecem encurtadas em cerca de sete dias, o que reforça a pressão de compra da indústria e deve manter o mercado físico aquecido. “Os preços do boi gordo devem continuar firmes, sustentados pela combinação de forte demanda interna e externa e pela oferta limitada”, apontou em relatório.

Na última segunda-feira, 03, o mercado físico encerrou o dia praticamente estável, com pequenas variações. No Tocantins, a arroba avançou 0,21% em relação ao dia anterior, alcançando R$ 301,06. Já na B3, o movimento foi de alta, com o vencimento de novembro/25 subindo 0,97%, a R$ 332,20 por arroba.

Exportações sustentando alta

A zootecnista e analista da Scot consultoria, Juliana Pila, acredita que o cenário externo deve seguir como principal pilar de sustentação dos preços do boi gordo. Ela lembra que, historicamente, novembro tende a ser um mês de valorização da arroba em relação a outubro — em seis dos últimos dez anos, as médias mensais registraram alta. “A gente vê um ânimo do setor com um possível acordo entre Estados Unidos e Brasil e também com a aproximação do governo brasileiro ao Japão, o que pode resultar na abertura de novos mercados nos próximos meses”, disse. 

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Entretanto, segundo ela, a China, principal mercado consumidor da carne bovina brasileira, deve reduzir o ritmo das compras após forte movimentação em outubro — motivada pelo abastecimento para o Ano Novo Lunar. Porém, outros parceiros comerciais têm ampliado suas aquisições, compensando a desaceleração chinesa. “Mesmo com a esperada moderação nas compras da China, as exportações devem continuar firmes até o fim do ano”, acrescentou Pila.

Consumo interno reage com fim de ano

Além do bom desempenho externo, o consumo doméstico deve ganhar força com o avanço das contratações temporárias e o pagamento da primeira parcela do 13º salário. Isso, tradicionalmente, estimula as vendas no varejo e o consumo de proteína animal. “Esses fatores colaboram para manter uma arroba firme neste próximo mês”, avalia a analista da Scot. 

Conforme Pila, esse movimento tende a beneficiar principalmente os frigoríficos voltados ao mercado interno, que devem observar melhora nas margens de comercialização.

Oferta restrita e reposição cautelosa

A Markestrat também aponta um cenário de viés positivo no curto prazo. A consultoria destaca que a oferta restrita de animais prontos para o abate continua impulsionando os preços, enquanto o consumo interno mostra sinais de recuperação. “A valorização do boi gordo reflete a melhora gradual no consumo interno e o ritmo forte das exportações, que seguem em patamar recorde, principalmente para a China”, destaca em relatório.

Apesar do otimismo, o segmento de reposição ainda se mantém cauteloso. O bezerro apresenta variação moderada, o que, segundo os especialistas da consultoria é reflexo de custos elevados e margens apertadas na pecuária de corte. “Ainda assim, a retenção de fêmeas e os estoques reduzidos de carne ajudam a sustentar um ambiente favorável aos preços do boi gordo no curto prazo”, apontam. 

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