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Café: safra do Vietnã e clima no Brasil pressionam cotações

Contratos futuros encerram o dia em forte queda em Nova York e Londres, com mercado físico travado e produtores retraídos

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Redação Agro Estadão

17/12/2025 - 18:12

Vendas de café estão abaixo do ritmo observado no mesmo período do ano passado. Foto: Adobe Stock
Vendas de café estão abaixo do ritmo observado no mesmo período do ano passado. Foto: Adobe Stock

Os contratos futuros de café encerraram a sessão desta quarta-feira, 17, em forte queda nas bolsas internacionais. A entrada da nova safra de robusta do Vietnã e o aumento das expectativas de chuvas sobre as lavouras brasileiras com a aproximação do verão no hemisfério sul seguem pressionando as cotações. 

Na Bolsa de Nova York, o contrato do café arábica com vencimento em março/26 fechou cotado a 346,80 centavos de dólar por libra-peso — queda de 1,39%, após oscilar entre 355,13 e 346,80 centavos ao longo do pregão. Já em Londres, o robusta recuou 2,90%, encerrando o dia, no mesmo vencimento, a US$ 3.680 por tonelada, depois de tocar a máxima de US$ 3.819 e a mínima de US$ 3.680.

CONTEÚDO PATROCINADO

Segundo análise do Escritório Carvalhaes, a combinação entre o avanço da colheita no Vietnã — maior produtor mundial de café robusta — e o cenário climático no Brasil tem derrubado as cotações internacionais e travado os negócios no mercado físico brasileiro. 

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, até o dia 10 de dezembro cerca de 69% da safra brasileira de café 2025/26 já havia sido comercializada. As vendas continuam abaixo do ritmo observado no mesmo período do ano passado (79%) e também inferior à média dos últimos cinco anos (74%).

Perspectivas

Enquanto isso, no campo, os cafeicultores seguem atentos ao comportamento do clima e ao estado das lavouras após um ano marcado por adversidades meteorológicas. Com armazéns longe de estarem cheios, muitos produtores já encerraram as vendas em 2025 e optaram por aguardar o novo ano fiscal e uma definição mais clara do quadro climático antes de voltar ao mercado.

Apesar da pressão recente sobre as cotações, os fundamentos estruturais do mercado de café permanecem inalterados: incertezas climáticas no Brasil e em outros grandes países produtores, além do cenário de baixos estoques globais. 

Diante do cenário, em perspectiva mais longa, o Citibank projeta que os preços do café possam recuar para a casa de US$ 3 por libra-peso nos próximos 12 meses. A estimativa leva em conta a retirada gradual de barreiras comerciais, a manutenção de uma oferta elevada nos principais países produtores e o adiamento da entrada em vigor da lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR), que pode ampliar a oferta disponível no mercado internacional no curto prazo.

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