Economia
Fundo de Omã compra Agribrasil e assume controle do terminal portuário de SC
Agribrasil atende principalmente os mercados do Oriente Médio e Norte da África

Broadcast Agro
29/07/2025 - 14:02

A Humberg Agribrasil Comércio e Exportação de Grãos divulgou Fato Relevante no qual informa que, na segunda-feira (28), Frederico José Humberg, atual acionista controlador da companhia, se comprometeu a alienar o controle da companhia e do Terminal Santa Catarina (Tesc) à Solaris Brazil Trading Holding S.A.
Segundo o comunicado, a compradora é controlada pela ME Solaris Commodities Holding que, por sua vez, é controlada pelo fundo soberano de Omã e com atuação no comércio global de commodities agrícolas, sendo uma das cinco maiores tradings de trigo do mundo. O valor do negócio não foi informado.
Conforme o comunicado, o investimento permitirá à Solaris ingressar nos mercados brasileiros de comercialização de milho e soja, garantir acesso à infraestrutura logística portuária, diversificar sua oferta de commodities e contribuir para a segurança alimentar. A consumação da Operação está condicionada ao cumprimento (ou renúncia, conforme o caso) de determinadas condições precedentes, incluindo, mas não se limitando, à obtenção das aprovações regulatórias cabíveis perante a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Considerando que não há ações da companhia em circulação e que os atuais acionistas permanecerão detendo a totalidade de seu capital social até o fechamento da operação, não será aplicável a realização de oferta pública de aquisição de ações da companhia, em razão da alienação de controle.
A Agribrasil afirma em seu site que está entre as cinco maiores exportadoras brasileiras de grãos. No primeiro trimestre de 2025, a empresa comercializou 1,016 milhão de toneladas de grãos, registrando um crescimento de 75% em comparação ao mesmo período de 2024. A receita líquida alcançou R$ 1,361 bilhão, um aumento de 302% no mesmo intervalo.
A região do Oriente Médio e Norte da África (MENA), incluindo Omã, responde por 58% das compras, enquanto a Ásia representa 39%. Apenas 3% do volume é destinado ao mercado brasileiro.

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