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Cotações

Preços da alface e da batata caem no atacado em janeiro, aponta Conab

Segundo a Conab, a menor oferta de cenoura e de tomate nos principais mercados atacadistas influenciou o movimento de alta nos preços

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Broadcast Agro

21/02/2025 - 12:15

Foto: Adobe Stock
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Os preços da alface e da batata registraram queda em janeiro no atacado das principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País. As informações estão no 2º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta sexta-feira, 21, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) e as cinco frutas (laranja, banana, mamão, maçã e melancia) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

CONTEÚDO PATROCINADO

Segundo a estatal, no caso da folhosa, a queda foi de 13,23%, puxada pela diminuição das cotações na Ceagesp. No entanto, em algumas Ceasas analisadas as cotações subiram. “Nesta época, é comum a variação significativa de preço das folhosas, tanto em razão de chuvas nas áreas produtoras que dificultam a colheita e diminui a oferta, como também pelo excesso de calor, aumentando a demanda e pressionando os preços para cima”, explicou a Conab.

Para a batata, a média ponderada do preço caiu 11,58% em janeiro. “Os valores na comercialização no atacado vêm sendo influenciados pela oferta abundante do produto.”

Já os preços da cenoura e do tomate registraram alta em virtude de fatores climáticos, na média ponderada, de 47,89% e 9,55% respectivamente. Mesmo com a elevação, algumas cotações dos dois produtos estiveram inferiores aos valores de 2024.

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Na Ceagesp, por exemplo, o preço da raiz em janeiro de 2025 ficou 48% inferior ao mesmo mês do ano passado. No caso do tomate, a Central de Abastecimento em Belo Horizonte (CeasaMinas) registrou redução de 28% na comparação com o mesmo período.

A Conab argumentou que a menor oferta de cenoura e de tomate nos principais mercados atacadistas influenciou esse movimento de alta nos preços no mês de janeiro. A elevação nas cotações dos dois produtos ocorreu logo após um período em que os preços registraram constantes quedas.

De acordo com a análise da Conab, nos dois casos, esse declínio verificado principalmente no 2º semestre de 2024, ocorreu logo após um período de preços bastante altos, na safra 2023/24, justamente por causa das intempéries climáticas, como chuvas intensas e constantes; assim, os altos preços estimularam a produção destes alimentos resultando em maior oferta e subsequente quedas. Nesse cenário de cotações baixas, o produtor não obteve ganhos e se desestimulou pelas culturas.

Influenciada pela menor quantidade do produto nos mercados, a cebola também registrou aumento na média ponderada de preços. “O movimento é esperado para o período, quando a distribuição da produção do bulbo passa a ter como principal ofertante a Região Sul, com destaque para Santa Catarina, o que eleva os custos com logística para os centros consumidores mais distantes”, relatou.

Frutas

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No caso das frutas mais comercializadas no atacado, laranja e mamão ficaram mais baratas no último mês, com queda na média ponderada de 6,31% e 3,59% respectivamente. A Conab verificou alta na oferta desses produtos, influenciando na redução registrada nas cotações.

Já para a banana e maçã, os preços ficaram praticamente estáveis, segundo a Conab. No caso da banana houve uma ligeira queda de 0,63% na média ponderada de preços em virtude do aumento da oferta, principalmente da banana nanica paulista e catarinense, aliada a uma menor demanda explicada pelas férias escolares. Já para a maçã, a Conab verificou pequena alta de 0,49% para a maçã. Os estoques da safra 2023/24 foram praticamente finalizados, com a oferta ainda baixa no mês de janeiro. A expectativa é que a safra 2024/25 da maçã gala entre no mercado a partir deste mês.

De acordo com o Boletim da Conab, a melancia teve alta nos preços. A elevação foi registrada mesmo em meio a uma demanda mais fraca no início do mês, após as Festas de fim de ano. A produção subiu nas praças baiana e gaúcha nos primeiros vinte dias do mês, vindo a cair em sequência, e os preços de venda repassados ao atacado e varejo também aumentaram, por causa da restrição de oferta.

O ano foi iniciado de forma bastante promissora para a exportação de frutas, com faturamento e volume superiores em relação aos anos anteriores e com comercialização destacada dos melões e das mini melancias potiguares. Em janeiro de 2025, o volume total enviado ao exterior foi de 111,9 mil toneladas, alta de 33,4% em relação ao mesmo mês de 2024. As vendas ao mercado externo resultaram em um faturamento de U$S 107,1 milhões (FOB), superior 12,54% em relação ao mesmo período de 2024 e de 7,72% em relação ao mesmo mês de 2023.

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