Cotações
Indicador do café robusta subiu 88% neste ano
Demanda pela variedade robusta impulsiona exportações, que já bateram recordes nos primeiros meses da safra
Redação Agro Estadão
16/10/2024 - 08:44

As exportações brasileiras de café acumuladas nos três primeiros meses da safra atual (de julho/24 a setembro/24) somam 12,05 milhões de sacas, um recorde para um primeiro trimestre de temporada, considerando-se toda a série histórica do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), iniciada em 1990. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), o desempenho positivo reflete a forte demanda, sobretudo pelo café robusta.
“Demandantes internacionais se voltaram ao Brasil devido a problemas enfrentados na produção do Vietnã (maior produtor de robusta mundial) e também no envio de café para a Europa”, comentam.
Diante desse contexto, levantamentos do Cepea mostram que 2024 vem sendo marcado por fortes aumentos de preços no mercado doméstico. Na parcial deste ano, o Indicador Cepea/Esalq do arábica (tipo 6/bebida dura), posto na capital paulista, acumula elevação de 50%; para o robusta (tipo 6/peneira 13 acima), o avanço é ainda maior, de expressivos 87,7%, a retirar no Espírito Santo.
Nesta terça-feira, 15, a saca de 60 quilos do café arábica encerrou o dia a R$ 1.515,43, alta de 0,69% na comparação mensal. Já o robusta, apesar de ainda em altos patamares, apresentou uma queda de 5,39% frente ao mês anterior, com a saca negociada a R$ 1.430,89 nesta terça.
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.
Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Cotações
1
Milho reage com demanda dos biocombustíveis: o que esperar no curto prazo?
2
Boi gordo: demanda interna aquece e indica leve recuperação dos preços
3
Valorização do bezerro pressiona relação de troca com boi gordo
4
Óleo de soja supera farelo na margem da indústria pela primeira vez
5
Soja inicia outubro com recuperação de preços no mercado interno
6
Soja: prêmios sobem no Brasil e China adia compras, informa agência
PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas
Cotações
Oferta robusta pressiona cotações do trigo e do algodão
Commodities entram na reta final de outubro com perdas superiores a 10% para o trigo e de mais de 5% no algodão
Cotações
Valorização do milho contrasta com queda acentuada do açúcar
Queda nos preços do açúcar pressiona margem das usinas, exigindo reavaliação das estratégias de produção, aponta Markestrat
Cotações
Encontro Trump-Xi Jinping anima mercados e eleva preços da soja
Líderes de EUA e China se reúnem na próxima semana; no Brasil, milho para novembro encerra com forte queda
Cotações
Hortaliças registram queda nos principais mercados atacadistas em setembro
Maior queda foi verificada para a alface, com redução de 16,01% na média ponderada das cotações, explicada pela boa oferta da folhosa
Cotações
Futuros do café avançam mais de 8% no mês diante de baixa oferta
Enquanto isso, complexo soja mostra estabilidade e laranja amplia perdas com demanda externa enfraquecida
Cotações
Soja: prêmios sobem no Brasil e China adia compras, informa agência
Prêmios da soja brasileira seguem firmes em US$ 2,8–2,9 por bushel, acima dos praticados nos EUA, em torno de US$ 1,7 por bushel
Cotações
Preço da arroba do boi gordo deve avançar na reta final de 2025
Demandas interna e externa aquecidas devem impulsionar as cotações e câmbio pode determinar as exportações
Cotações
Feijão: mercado interno segue em baixa, enquanto exportações batem recorde
Chuvas em outubro e enfraquecimento do consumo interno limitam negócios, mesmo com avanço das vendas externas lideradas por Mato Grosso