Cotações
Boi gordo: semana começa com estabilidade dos preços em São Paulo
“Queda de braço” entre oferta e demanda pode impulsionar cotações no curto prazo, diz analista
2 minutos de leitura 30/07/2024 - 08:00
Rafael Bruno | São Paulo | rafael.bruno@estadao.com
O mercado do boi gordo começou a semana com preços praticamente estáveis em relação à última sexta-feira, 26. Conforme análise da Scot Consultoria, ainda que os pecuaristas pressionem por ajustes, as indústrias frigoríficas seguem firmes na oferta, com compras compassadas. As escalas de abate estão, em média, entre 9 e 10 dias.
Nas regiões de Araçatuba e Barretos, em São Paulo, a arroba bovina foi cotada, nesta segunda-feira, 29, à média de R$ 226,55. A cotação da vaca ficou em R$ 202 por arroba e a novilha segue negociada em R$ 217 por arroba.
Na região de Cuiabá, Mato Grosso, o boi começou a semana negociado a R$ 209,30 por arroba. Em Paragominas, Pará, a cotação ficou estável em R$ 216,40. No sul tocantinense, a arroba bovina foi comercializada em torno de R$ 208.
Na região oeste do Rio Grande do Sul, o mercado abriu ofertando cerca de R$ 0,20 a mais por quilo, com negócios em R$ 8,90/kg, nesta segunda-feira. Na mesma direção, os preços na região de Pelotas também subiram, passando pra R$ 9,00/kg.
Por enquanto, pelo menos nesta virada de julho para agosto, os preços devem trabalhar mais estáveis, visto que a oferta de bovinos provenientes de confinamento deve aumentar o volume entre agosto e setembro, avalia o pesquisador e engenheiro agrônomo da Scot, Pedro Gonçalves.
O especialista também ressalta que o momento é de “queda de braços entre oferta e demanda”, fato que pode, no curto prazo, até impulsionar as cotações bovinas.
“Vamos observar se essa oferta vai ser muito alta para este momento em relação ao gado confinado e se a demanda vai acompanhar isso. Tudo indica que sim, que os preços devem trabalhar bastante na estabilidade”, diz Gonçalves ao Agro Estadão.
Ainda sobre o segundo semestre, o analista comenta que tradicionalmente o período é marcado pela demanda aquecida, principalmente do mercado externo.
“A exportação neste ano já vem em níveis recordes, com julho batendo 215 mil toneladas embarcadas, maior volume mensal histórico, devendo chegar a 230 mil toneladas. Faturamento também na casa do bilhão de dólares. A demanda interna também segue muito positiva e as indicações são de maior consumo no segundo semestre”, destaca Pedro.
Mercado atacadista de carne com osso
Com os estoques já quase preenchidos e as vendas enfraquecidas, as negociações na última semana foram lentas no atacado.
De acordo com acompanhamento da Scot Consultoria, a cotação da carcaça da vaca casada manteve-se estável em R$ 14,50/kg, enquanto a da novilha caiu 0,7%, sendo negociada a R$ 14,80/kg.
Já a carcaça casada de boi castrado teve uma queda de 1,3% no período, cotada em R$ 15,30/kg e a carcaça casada de boi inteiro caiu 2%, sendo negociada em R$14,65/kg.
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