Cotações
Boi gordo segue a semana com cotações sustentadas por demanda atacadista
Em Minas Gerais animal tem valorização de quase 10%, com a arroba acima de R$ 216

Rafael Bruno
11/07/2024 - 16:20

O feriado na última terça-feira, 9, em São Paulo, impactou significativamente o mercado atacadista, resultando em um aumento no consumo interno e no escoamento de carne bovina. Fato que, segundo a consultoria Agrifatto, tem ajudado na sustentação dos preços do boi gordo, que continuam subindo.
Nesta quarta-feira, 10, em Minas Gerais o incremento foi de 1,09%, com o preço da arroba em R$ 216,53. No comparativo mensal, a arroba mineira registra uma valorização de 9%. No Paraná, apesar da estabilidade no dia, com a arroba a R$ 222, no mês observa-se uma valorização de 5,97%.
Em São Paulo, o animal foi precificado a R$ 226,59 por arroba, alta de 0,94% no dia e de 4,07% no intervalo mensal. No Pará, a arroba também segue reagindo, com incremento no mês de 1,47%, cotada a R$ 201,94. A tendência é de sustentação nas próximas semanas.
“O mercado está firme e as escalas de abate estão reduzindo, então faz sentido que os preços continuem firmes durante esse mês”, comenta o head de proteína animal da Agrifatto, Yago Travagini.
Diferente do físico, no mercado futuro todos os contratos na B3 sofreram ajustes negativos, com o vencimento em novembro recuando 0,68%, e a arroba cotada a R$246,70.
“A pressão nos futuros está relacionado a baixa velocidade de aumento dos preços no mercado físico e também a queda no dólar, a B3 já estava precificando a alta, mas ela está vindo mais lento que o esperado e por isso a B3 reduz a expectativa de alta no médio prazo,” explica Travagini.
Além disso, o analista comenta que o dólar saindo de máximas de R$5,70 na semana passada para cerca de R$ 5,40 nesta semana, também contribui para este cenário na bolsa brasileira.
Apetite chinês reacende perspectivas de novas altas
No mercado internacional da carne bovina, um destaque positivo chamou a atenção. De acordo com a Agrifatto, a China demonstrou uma retomada de fluidez nos negócios. Com isso, nesta quarta, o dianteiro exportado para os chineses teve cotação média de US$ 4.350 por tonelada, com tendência de novas altas no horizonte, conforme a consultoria.
Ainda sobre o mercado externo, um salto nas importações da proteína brasileira pelo Chile, devido ao pré-listing realizado entre o Brasil e o Chile, é destacado pela consultoria. Em junho os chilenos adquiriram 45 mil toneladas da proteína brasileira, um aumento de 8,28%.
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