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Teresa Vendramini

Produtora Rural, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira

Esse texto trata de uma opinião do colunista e não necessariamente reflete a posição do Agro Estadão

Opinião

Reputação do agronegócio brasileiro: lições da Rússia

Teka Vendramini relata experiências durante viagem à Rússia: "o nosso agro desperta o interesse do mundo"

26/06/2024 - 05:00

Participação no Brics 2024. Foto: Arquivo Pessoal
Participação no Brics 2024. Foto: Arquivo Pessoal

Viajar para Moscou e falar em um painel do BRICS, junto a representantes da Índia, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Etiópia e Emirados Árabes. Participar do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo e acompanhar a reunião do Conselho Empresarial Bilateral Brasil-Rússia. Essas foram algumas das recentes oportunidades que o agronegócio me proporcionou. 

Conversei com muita gente. De nativos a executivos brasileiros erradicados há décadas em Moscou. Soube sobre o sofisticado aparato tecnológico para assegurar a vida de Vladimir Putin, incluindo o uso exclusivo do espaço aéreo para seu helicóptero. Vivenciei as limitações de conexão ou acesso às redes sociais, sinal do controle de informação no país. No entanto, esses são detalhes para a educada comunidade russa, que vive em um dos países mais belos e organizados que já estive.

Como nunca estou a passeio, encontrei uma brecha na agenda para visitar o adido agrícola brasileiro. Lá, fiz descobertas importantes. Primeiro, os números: as exportações brasileiras para a Rússia já somam R$ 491 milhões de janeiro a maio deste ano, mesmo em um cenário de guerra. Somos o terceiro maior parceiro comercial deles na área agrícola, atrás apenas de Belarus e Turquia, que estão próximos geograficamente. Somos ainda o maior fornecedor do complexo soja, de tabaco, de carne suína e de amendoim; o segundo de carne de aves e o terceiro de carne bovina e café.  Mas há muito potencial para crescermos nas remessas de produtos como o pescado, frutas e lácteos.

Temos alguns gargalos a superar, como a logística e os processos regulatórios, mas temos uma vantagem competitiva, essa sim a descoberta mais importante: a imagem positiva do Brasil. Enquanto mercados, como a União Europeia, criticam a agricultura e a pecuária  brasileiras com acusações infundadas como pretexto para retaliações comerciais, na Rússia nosso setor é visto com credibilidade e admiração.  

A ausência da cobertura midiática crítica ao Brasil nos permitiu construir essa imagem com os russos. O que quero ressaltar aqui é que o Brasil, mais especificamente o nosso agro, desperta o interesse do mundo. Temos muitas portas abertas e precisamos ocupar mais esses espaços, para mudar as narrativas negativas que, com a nossa ausência,  prevalecem. 

Por isso, estou aqui para contar que estive na Rússia, não só levando o testemunho de uma pecuarista, mas apresentando as nossas riquezas naturais, nossas tecnologias sustentáveis e o rosto dos nossos produtores – os principais, talvez os únicos, que realmente cuidam da nossa biodiversidade. Precisamos ampliar essa voz no exterior e não deixar nenhum fórum, nenhuma reunião ou congresso sem um representante do Brasil para nos apresentar como realmente somos. 

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