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Agropolítica

Escalada protecionista de Trump pode interromper partes do comércio global, diz consultoria

Possíveis tarifas e taxas dos Estados Unidos sobre China e outros países pode impactar comércio brasileiro de produtos agropecuários

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Sabrina Nascimento | São Paulo

23/01/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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O mundo e o agronegócio seguem atentos aos efeitos das decisões de Donald Trump nesta primeira semana de seu segundo mandato à frente da Casa Branca. Assim como esperado, o republicado já anunciou medidas protecionistas e reforçou sua posição de impor taxas e tarifas sobre alguns países a partir de 1º de fevereiro. 

Apesar de não ter sido oficializada, Trump revelou que está discutindo a imposição de uma tarifa de 10% sobre os produtos importados da China. Segundo ele, a medida está relacionada à presença de fentanil de origem chinesa sendo enviado para o México e o Canadá, que também estão na mira de taxação do presidente dos Estados Unidos (EUA). 

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Trump quer barrar esse comércio porque o fentanil, utilizado como medicação para dor e anestesia, tem levado muitos norte-americanos ao vício, um problema que o presidente associou às exportações chinesas. 

Impactos no comércio e agronegócio

A possibilidade de novas tarifas dos EUA sobre Pequim está no radar do agronegócio. Segundo os especialistas da Markestrat, a escalada protecionista norte-americana pode desencadear retaliações comerciais, afetando fluxos de exportação de produtos agrícolas. Conforme a consultoria, a China, maior parceira comercial do agronegócio brasileiro, já convive com tarifas significativas impostas pelos EUA desde o primeiro mandato de Trump. 

“Isoladamente, a China já convive neste 2025 com número significativo de tarifas impostas pelos americanos. Até o momento, são esperadas aumento de 100% para tarifas de veículos elétricos, 50% para semicondutores e 25% de tarifas para uma variedade de outros itens”, destacam os analistas da Markestrat em relatório. Eles ainda apontam que as decisões de Trump podem ter implicações comerciais expressivas, podendo chegar ao limite na interrupção de partes do comércio global.

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Imposição de tarifas ao BRICS

As promessas de taxação de Trump não se restringem à China, México e Canadá, mas também às nações que tentam desvincular suas relações comerciais do dólar. Neste ponto, o alvo são os países membros do BRICS. 

Composto inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo de países emergentes ganhou a adesão de mais oito nações parceiras no início deste ano. Em reuniões, os representantes dos países têm discutido moedas alternativas ao dólar para negociações, ação refutada veementemente pelo republicano. 

Por isso, de acordo com a Markestrat, a política de Trump, que mistura protecionismo econômico e foca na supremacia do dólar, afeta o Brasil, alvo de uma possível tarifa de 10% sobre produtos exportados para os EUA. Atualmente, os norte-americanos são o principal mercado para o suco de laranja brasileiro e um destino relevante para a carne bovina. 

Segundo a consultoria, para o agronegócio brasileiro, isso representa um desafio adicional. “As decisões de Trump podem ter implicações comerciais expressivas, podendo chegar ao limite, com a interrupção de partes do comércio global”, dizem os especialistas. 

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