Anúncio feito pelo Mapa abre portas para expansão comercial, enquanto Brasil avança em negociações com China, Vietnã e Japão
O Chile reconheceu o estado do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação para carne suína. A confirmação foi dada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luis Rua, durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 22.
“Ontem mesmo, o ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, já verbalizou, e isso deve acontecer pessoalmente. Entre hoje e amanhã, deve ser feito esse anúncio, juntamente com o nosso anúncio da abertura do mercado de mel para o Brasil”, destacou Rua.
De acordo com o Mapa, além do Paraná, o Chile já reconhece também o Rio Grande do Sul e Santa Catarina como estados livres de febre aftosa sem vacinação para carne suína.
Também nesta terça-feira, 22, representantes da Alfândega Chinesa (General Administration of Customs China – GACC) realizaram uma visita de rotina ao Brasil para discutir a expansão dos negócios bilaterais. O secretário destacou que, embora não haja confirmação de novas habilitações de plantas frigoríficas, a possibilidade sempre existe.
No início de abril, o governo chinês rejeitou as carnes bovinas de 28 frigoríficos brasileiros indicados pelo Mapa. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esclareceu que não se trata de uma rejeição, mas de uma “avaliação”.
Aos jornalistas, Luis Rua explicou que o processo de solicitar o aval do governo chinês é um procedimento comum e corriqueiro, podendo ser feito tanto por lote quanto por planta. “Mas o Brasil mantém as habilitações [que já tinha]”, afirmou.
Ele ressaltou que a reunião agendada para hoje tem como objetivo discutir o encaminhamento dessas situações. Segundo o secretário, se não houver conformidades em relação às normas chinesas, as empresas citadas deverão resolver os problemas individualmente, seguindo o processo habitual, com a devida orientação e aprovação final.
Em relação ao Vietnã, após a abertura e mercado para a carne bovina brasileira em março, Luis Rua informou que os dois governos estão agora na fase de ajustes técnicos.
Durante a visita do governo brasileiro ao Japão, também em março, foi confirmada a vinda de especialistas japoneses em saúde animal para avaliar o sistema do Brasil, um passo crucial para a abertura do mercado japonês à carne bovina e para a expansão do acesso da carne suína, atualmente restrito ao estado do Paraná. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa destacou que a expectativa é que a visita ocorra nos próximos dois meses, aguardando apenas a confirmação das datas.