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Agro na COP30

COP 30 começa com tom de urgência e cobrança por US$ 1,3 trilhão

Lula defende troca de recursos em guerras por gastos com soluções para problemas climáticos

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Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com

10/11/2025 - 13:02

Cerimônia de abertura da COP 30 ocorre na manhã desta segunda-feira, 10. Foto: Hermes Caruzo/COP30
Cerimônia de abertura da COP 30 ocorre na manhã desta segunda-feira, 10. Foto: Hermes Caruzo/COP30

A abertura da 30º Conferência sobre Clima das Nações Unidas (COP 30) foi marcada por discursos que reiteraram a urgência das implementações para transição climática e por cobranças ao financiamento verde. “Essa é uma COP que tem que apresentar soluções. Essa, portanto, é uma COP de implementação”, ressaltou o presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago.

A cerimônia desta segunda-feira, 10, em Belém (PA), contou ainda com falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da COP 29, Mukhtar Babayev e do secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Simon Stiell, além de apresentações culturais. 

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André Corrêa do Lago ressaltou a “urgência” que, segundo ele, acrescentou um viés a mais nas discussões sobre o clima.  “A questão da urgência é o elemento adicional, é o elemento que está agora tão presente e que nós somos lembrados, como nessa [ultima] semana no Brasil, no Paraná, ou nas Filipinas  ou, há poucas semanas na Jamaica. Nós temos uma responsabilidade imensa”, destacou o embaixador ao lembrar do tornado na cidade de Rio Bonito do Iguaçu (PR), da passagem de um tufão pelas Filipinas, que deixou milhões desabrigados, e do furacão Melissa pela Jamaica, quando 1,5 milhão de pessoas perderam casas e meios de subsistência. 

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e o da COP29, Mukhtar Babayev, na abertura da 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A mobilização de recursos para países em desenvolvimento poderem se adaptar às mudanças climáticas também esteve entre os temas dos oradores. Uma das missões do Brasil, junto com o Azerbaijão, era traçar o que se chamou de Mapa do Caminho de Baku a Belém. Basicamente, um indicativo do que pode ser feito para que o mundo alcance US$ 1,3 trilhão de financiamento climático anual até 2035. 

O relatório foi apresentado na última quarta-feira, 05. O endosso foi para que os países desenvolvidos, principalmente, se empenhem nessa meta. Lula comparou o montante ao que países gastam com guerras mundo afora. 

“Se homens que fazem guerra estivessem aqui nesta COP iriam perceber que é muito mais barato colocar um US$ 1,3 trilhão para a gente acabar com os problemas climáticos do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra como fizeram no ano passado”, comentou o presidente do Brasil. 

Com abertura, a parte diplomática da COP, que envolve as negociações dos países, iniciou e deve seguir até 21 de novembro. Temas como a Agenda de Ação e as formas de alcançar esses recursos para financiamento devem repercutir nas reuniões que seguirão na capital paraense. 

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