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Agricultura

Você conhece os tipos de azeite?

Com a produção em ascensão no Rio Grande do Sul, conhecer os tipos de azeite e suas classificações (MAPA) é fundamental para produtores e consumidores que buscam qualidade e sabor no mercado nacional

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Redação Agro Estadão*

21/09/2025 - 08:00

Tipos de azeite - Foto: Adobe Stock
Tipos de azeite - Foto: Adobe Stock

Compreender os diferentes tipos de azeite é fundamental, pois esse conhecimento influencia diretamente as decisões de produção e as estratégias de comercialização. 

A escolha das variedades de azeitonas e os métodos de extração utilizados têm um impacto significativo no produto final, permitindo aos produtores agregar valor ao seu azeite.

O Rio Grande do Sul concentra cerca de 80% da produção nacional de azeite de oliva. A produção gaúcha foi de 190,3 mil litros em 2025, muito próximo dos 193,15 mil litros de 2024, mas bem inferior ao recorde de 580,2 mil litros atingido em 2023.

Classificação do azeite no Brasil

Tipos de azeite
Tipos de azeite – Foto: Adobe Stock

A classificação do azeite no Brasil é regulamentada pela Instrução Normativa nº 1, de 30 de janeiro de 2012, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), posteriormente alterada pela Instrução Normativa nº 24 de 18 de junho de 2018. 

Essa normativa estabelece o Regulamento Técnico do Azeite de Oliva no Brasil e define os limites de tolerância para os indicadores de qualidade.

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Azeite de oliva virgem

O azeite de oliva virgem é obtido diretamente do fruto da oliveira por processos mecânicos ou outros meios físicos, sob condições controladas de temperatura. Essa categoria é subdividida em três tipos: extra virgem, virgem e lampante.

Azeite de oliva

Esta categoria consiste na mistura de azeite de oliva refinado com azeite de oliva virgem ou extra virgem. É uma opção que combina as características de diferentes processos de produção.

Azeite de oliva refinado

Proveniente do azeite de oliva do grupo virgem, o azeite refinado passa por técnicas de refino que preservam a estrutura glicerídica original. Esse processo visa melhorar certas características do azeite sem alterar sua composição básica.

Óleo de bagaço de oliva

Resulta da mistura de óleo de bagaço de oliva refinado com azeite de oliva virgem ou extra virgem. Utiliza-se o resíduo da primeira extração do óleo, oferecendo uma alternativa econômica no mercado.

Óleo de bagaço de oliva refinado

Este produto é obtido do bagaço gerado na primeira extração do óleo. Passa por um processo de refino que mantém a estrutura glicerídica inicial, aproveitando ao máximo os subprodutos da produção de azeite.

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Classificação comercial

Além das categorias mencionadas, existe uma classificação comercial que divide os azeites em extra virgem, virgem e lampante. Essa classificação leva em consideração diversos fatores, incluindo:

  • Acidez livre (%)
  • Índice de peróxidos (mEq/kg)
  • Extinção específica no ultravioleta

Adicionalmente, as características sensoriais são avaliadas por um grupo de painelistas treinados do Mapa, garantindo uma análise completa e padronizada da qualidade do azeite.

Fatores que influenciam a qualidade e os tipos de azeite produzidos

tipos de azeite
Azeitonas e azeite – Foto: Adobe Stock

A qualidade e as características dos diferentes tipos de azeite são influenciadas por diversos fatores, desde o cultivo das oliveiras até o engarrafamento do produto final. 

Os produtores rurais desempenham um papel fundamental nesse processo, tomando decisões que impactam diretamente o resultado.

As cultivares de oliveiras têm uma influência significativa nos perfis sensoriais e nas características dos azeites. Variedades como Arbequina, Koroneiki, Picual, Galega, Hojiblanca e Arbosana produzem azeites com sabores e aromas distintos. 

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A escolha da cultivar adequada para cada região e objetivo de produção é essencial para obter um azeite de qualidade superior.

Os métodos de extração são igualmente importantes, especialmente para os azeites extra virgens e virgens. A prensagem a frio é um processo fundamental, pois preserva as propriedades organolépticas do azeite. 

A temperatura e o tempo de processamento no lagar são fatores críticos que afetam diretamente a qualidade do produto final. Equipamentos limpos e tecnologia moderna são essenciais para manter as características desejadas do azeite.

O armazenamento adequado é outro fator importante para preservar a qualidade do azeite. Locais frescos e escuros, com temperatura controlada entre 18°C e 22°C, são ideais. 

A escolha da embalagem também é importante: vidro escuro, latas de aço inoxidável ou embalagens bag-in-box protegem o azeite da luz, calor e oxigênio, elementos que podem degradar sua qualidade ao longo do tempo.

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A produção de azeite de qualidade no Brasil representa uma oportunidade significativa para os produtores rurais. Com o crescente interesse dos consumidores por produtos premium e de origem local, o mercado de azeites especiais tem um potencial considerável de expansão.

O conhecimento aprofundado sobre os diferentes tipos de azeite, combinado com práticas de cultivo e produção adequadas, permite aos produtores brasileiros criar produtos diferenciados e de alto valor agregado. 

Investir em tecnologia, treinamento e certificações de qualidade pode abrir portas para mercados mais exigentes e lucrativos.

À medida que a olivicultura se desenvolve no Brasil, é fundamental que os produtores continuem a aprimorar suas técnicas e a buscar inovações. 

A colaboração entre produtores, instituições de pesquisa e órgãos reguladores será essencial para fortalecer o setor e posicionar o azeite brasileiro no mercado nacional e internacional.

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O futuro do azeite brasileiro é promissor. Com o aumento da produção local e a melhoria contínua da qualidade, o país tem o potencial de reduzir sua dependência de importações e até mesmo se tornar um exportador de azeites premium. 

Para alcançar esse objetivo, será necessário um esforço conjunto de toda a cadeia produtiva, desde o cultivo das oliveiras até a comercialização do produto final.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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