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Agricultura

Noz-pecã amplia espaço nas gôndolas e no campo

Expansão da cultura no Sul e demanda internacional reforçam o potencial da noz-pecã no Brasil

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Redação Agro Estadão*

23/09/2025 - 05:00

Foto: Adobe Stock
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A noz-pecã tem grande destaque na região Sul do Brasil. O Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) projeta um aumento de 50% na área cultivada até 2030, evidenciando o potencial dessa cultura para o agronegócio nacional. 

Originária da América do Norte, a nogueira-pecã encontrou no Brasil condições favoráveis para seu desenvolvimento, consolidando-se como uma opção rentável para produtores rurais.

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Cultivo do noz-pecã

Requisitos climáticos e de solo para a noz-pecã

noz-pecã
Foto: Adobe Stock

O sucesso no cultivo da noz-pecã está diretamente ligado às condições climáticas e do solo. 

A nogueira-pecã se adapta bem a regiões com temperaturas entre 24°C e 30°C durante o período de crescimento, necessitando de 400 a 800 horas de frio (abaixo de 7,2°C) para quebrar a dormência e garantir uma boa floração.

Quanto ao solo, a planta prefere terrenos profundos, bem drenados e com pH entre 6,0 e 6,5. A análise prévia do solo é fundamental para determinar as necessidades de correção e adubação. 

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O preparo adequado da área, incluindo a subsolagem para descompactar camadas mais profundas, favorece o desenvolvimento radicular e o estabelecimento saudável do pomar.

As melhores variedades de noz-pecã para o cultivo no Brasil

A escolha da variedade certa é fundamental para o sucesso do cultivo. No Brasil, algumas variedades se destacam por sua adaptabilidade e produtividade:

  • Barton: frutos de tamanho médio a grande, com boa qualidade de amêndoa;
  • Melhorada: adaptada às condições brasileiras, com boa produtividade;
  • Stuart: frutos grandes e de boa qualidade, com casca fina.

Essas variedades foram selecionadas por características como precocidade de produção, resistência a doenças e qualidade dos frutos. A escolha deve considerar as condições específicas da região de cultivo e os objetivos do produtor.

Do plantio à formação do pomar de noz-pecã

Noz-pecã
Foto: Adobe Stock

O estabelecimento do pomar começa com a aquisição de mudas de qualidade, preferencialmente enxertadas. O espaçamento entre plantas varia de 10×10 metros a 15×15 metros, dependendo da variedade e do sistema de manejo planejado. 

O plantio deve ser realizado no início da estação chuvosa, garantindo boa disponibilidade de água para o pegamento das mudas.

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Nos primeiros anos, a poda de formação é essencial para estruturar a árvore, promovendo uma copa bem distribuída que facilitará os tratos culturais e a colheita futura. A proteção das mudas contra ventos fortes e o controle de formigas cortadeiras são cuidados importantes nessa fase inicial.

Manejo sustentável e nutrição da noz-pecã

O manejo sustentável do pomar de noz-pecã envolve práticas que promovem a saúde do solo e a conservação dos recursos naturais. 

A irrigação, quando necessária, deve ser feita de forma eficiente, preferencialmente por gotejamento ou microaspersão, evitando o desperdício de água.

A adubação deve ser baseada na análise de solo e nas fases fenológicas da planta. A nogueira-pecã é exigente em nitrogênio, fósforo e potássio, além de micronutrientes como zinco e boro. 

A aplicação de adubos orgânicos e a cobertura do solo com matéria orgânica contribuem para a melhoria da estrutura do solo e o aumento da atividade biológica.

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O controle de plantas daninhas pode ser feito através de roçadas nas entrelinhas, mantendo a cobertura vegetal para proteger o solo contra erosão e melhorar sua estrutura.

Prevenção e controle de pragas e doenças na noz-pecã

O monitoramento constante do pomar é fundamental para identificar precocemente a presença de pragas e doenças. Entre os principais problemas fitossanitários da noz-pecã no Brasil, destacam-se:

  • Sarna (causada pelo fungo Cladosporium caryigenum);
  • Pulgão-amarelo (Monellia caryella);
  • Percevejo-do-pequeno-fruto (Leptoglossus stigma).

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a abordagem recomendada, combinando métodos culturais, biológicos e, quando necessário, químicos. A manutenção do equilíbrio ecológico no pomar, favorecendo a presença de inimigos naturais, é uma estratégia eficaz para o controle biológico de pragas.

Colheita e pós-colheita da noz-pecã

A colheita da noz-pecã ocorre geralmente entre março e maio, quando os frutos atingem a maturidade fisiológica. O ponto ideal de colheita é identificado quando o invólucro (casca verde) se abre, expondo a noz. 

A colheita pode ser manual ou mecanizada, dependendo do tamanho do pomar e da disponibilidade de mão de obra.

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Após a colheita, as nozes passam por um processo de limpeza para remover impurezas e restos do invólucro. A secagem é uma etapa crítica, reduzindo a umidade para cerca de 4%, o que garante a conservação e a qualidade do produto. 

O armazenamento deve ser feito em local fresco, seco e bem ventilado, protegendo as nozes da luz direta e da umidade.

Potencial de mercado da noz-pecã para o produtor rural

Noz-pecã
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O mercado da noz-pecã no Brasil apresenta perspectivas promissoras. Segundo dados do IBGE e do programa Pró-Pecã (RS), em 2025, a área cultivada no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, deve alcançar 7,23 mil hectares, com uma produção estimada de 5,2 mil toneladas.

O crescente interesse do mercado chinês pela noz-pecã brasileira, que aprovou os requisitos sanitários e de quarentena relacionados à qualidade das pecans brasileiras em 2024, abre novas oportunidades para os produtores. A abertura desse mercado pode impulsionar significativamente as exportações.

Para os produtores rurais, especialmente aqueles da agricultura familiar, a noz-pecã representa uma alternativa de diversificação com bom potencial de retorno. 

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Embora seja uma cultura de investimento inicial considerável e com retorno a médio e longo prazo, a longevidade das plantas (que podem produzir por mais de 100 anos) e a crescente demanda do mercado tornam o investimento atrativo.

A noz-pecã se destaca não apenas pelo seu valor comercial, mas também por suas propriedades nutricionais, sendo rica em ácidos graxos insaturados, vitaminas e minerais. 

Essa característica alinha-se com a tendência de consumo de alimentos saudáveis, ampliando as possibilidades de mercado.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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