Agricultura
Conheça 5 das frutas mais caras vendidas no Brasil
Logística complexa e cultivo delicado elevam preços de frutas exóticas como granadilla e physalis no mercado nacional
Redação Agro Estadão*
30/11/2025 - 05:00

O mercado de hortifrúti, reconhecido globalmente por sua diversidade e vigor, abriga também um nicho de valorização: o das frutas mais caras vendidas no Brasil, onde cifras impressionantes refletem uma cadeia produtiva singular.
Entre esses produtos diferenciados, destacam-se espécies que alcançam preços expressivos por razões que vão desde a complexidade quase artesanal de seus cultivos até desafios logísticos de importação que garantem a integridade de sabores exóticos.
Segundo dados de novembro de 2025 da Ceagesp, a maior central de abastecimento de alimentos da América Latina e uma das maiores do mundo, determinadas frutas chegam a custar R$ 75,00 por quilo no mercado atacadista.
Embora algumas dessas frutas sejam desconhecidas do público geral, outras ganharam popularidade por suas características únicas e qualidades superiores que as diferenciam das versões mais comuns.
O alto custo relaciona-se a fatores como importação, sazonalidade, dificuldade de cultivo ou propriedades especiais que agregam valor ao produto final.
As 5 frutas mais caras vendidas no Brasil
Framboesa

A framboesa representa uma das frutas mais valiosas do mercado brasileiro, atingindo R$ 75 por quilograma conforme dados da Ceagesp de novembro de 2025.
Esta fruta enfrenta desafios significativos relacionados ao cultivo delicado e extrema perecibilidade, fatores que contribuem diretamente para seu alto valor comercial.
O sabor agridoce característico da framboesa, combinado com sua versatilidade culinária, tornou-a ingrediente valorizado em sobremesas, sucos e pratos gourmet.
A logística de transporte representa outro componente essencial na formação do preço. A framboesa exige cuidados especiais durante o manuseio e transporte, uma vez que sua textura delicada deteriora rapidamente quando submetida a condições inadequadas.
A importação de países como Chile, Peru e Argentina ainda é necessária para suprir a demanda interna, já que a produção nacional, concentrada majoritariamente nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, não é suficiente durante todo o ano.
Pitaya importada

As variedades de pitaya comercializadas na Ceagesp incluem a pitaya branca (Hylocereus undatus), a vermelha (Hylocereus polyrhizus) e a amarela (Selenicereus megalanthus).
A pitaya branca e vermelha apresentam formato globoso, casca rosa com escamas e polpa doce, sendo branca e vermelha, respectivamente. Já a pitaya amarela tem formato oval, casca amarela com escamas brancas e também sabor doce.
Pertencente à família das Cactáceas, algumas variedades nacionais possuem espinhos na casca, que são removidos antes da comercialização para garantir a segurança do consumidor.
A pitaya amarela importada da Colômbia alcança R$ 72 por quilograma no atacado da Ceagesp, posicionando-se como a segunda fruta mais cara do ranking.
Além dos custos relacionados ao transporte internacional, manuseio especializado e impostos de importação, a fruta oferece sabor mais doce e consistência diferenciada em relação às versões nacionais.
Uva Moscato

A uva Moscato distingue-se por seu sabor intensamente aromático e adocicado, combinado com notas florais e frutadas que conquistaram consumidores exigentes.
Com preço de R$ 64 por quilograma na Ceagesp, esta variedade ocupa posição destacada entre as frutas mais valorizadas do mercado.
O alto valor relaciona-se principalmente à origem específica e técnicas de cultivo diferenciadas.
Variedades importadas ou provenientes de regiões produtoras renomadas demandam manejo delicado durante a colheita e pós-colheita para preservar as características aromáticas únicas. Esse cuidado especial reflete diretamente no preço final do produto.
Durante épocas festivas, especialmente fim de ano, a procura intensifica-se devido ao seu perfil sensorial diferenciado, consolidando sua reputação como fruta de ocasiões especiais.
Granadilla

A granadilla colombiana, comercializada a R$ 60 por quilograma, representa uma alternativa refinada ao maracujá tradicional.
Esta fruta apresenta sabor distintamente mais doce e menos ácido que sua parente brasileira, característica que atrai consumidores em busca de experiências gastronômicas diferenciadas.
A casca rígida protege uma polpa gelatinosa e aromática, repleta de pequenas sementes comestíveis que proporcionam textura única.
O processo de importação desde a Colômbia envolve cuidados especiais de transporte e armazenamento para manter a qualidade do produto, fatores que contribuem para o valor final.
Physalis

Fechando a lista das cinco frutas mais caras, a physalis importada da Colômbia atinge R$ 58 por quilograma no atacado.
Facilmente reconhecível pela casca protetora em formato de cálice que envolve o fruto, apresenta sabor único que equilibra notas doces e ácidas de forma harmoniosa.
A importação adiciona custos significativos ao produto final, diferenciando-a das possíveis variedades nacionais em termos de qualidade e padronização.
Os cuidados durante o transporte internacional garantem que a physalis chegue ao consumidor brasileiro mantendo suas propriedades nutricionais e características organolépticas.
Chefs e confeiteiros utilizam-na em preparações sofisticadas, sobremesas e como elemento decorativo, explorando tanto seu sabor quanto apelo visual.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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