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Vazio sanitário do algodão em SP começa nesta sexta-feira, 1º
Objetivo é realizar o controle fitossanitário do bicudo-do-algodoeiro, praga que pode diminuir drasticamente a produtividade

Redação Agro Estadão
01/08/2025 - 16:50

Começa nesta sexta-feira, 1º, e vai até o dia 30 de setembro o período de vazio sanitário para o algodão no Estado de São Paulo. Durante estes dois meses, os produtores devem manter a área livre de plantas e resíduos da cultura. O objetivo, de acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA), é realizar o controle fitossanitário do bicudo-do-algodoeiro, conforme estabelecido pela Resolução SAA nº 30/2024.
O bicudo-do-algodoeiro tem alto potencial destrutivo. Tendo preferência pelas estruturas reprodutivas, para alimentação e colocação de ovos, a praga perfura e provoca a queda de botões florais. Durante a frutificação, a população de insetos cresce e ataca as fibras e sementes da planta, diminuindo drasticamente a produtividade.
Por isso, o vazio sanitário exige completa eliminação da cultura. Os produtores devem, também, ficar atentos a possíveis rebrotes das plantas. De acordo com Alexandre Paloschi, agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da Defesa Agropecuária Paulista, essas práticas permitem eliminar e controlar, de forma eficaz, a fonte de alimentos para os insetos, mantendo a sanidade para a safra seguinte.
“A medida está ainda em conformidade com o Programa Nacional de Prevenção e Controle do Bicudo do Algodoeiro, instituído pela Instrução Normativa nº 44, de 29 de julho de 2008, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)”, afirma.
Além do cumprir o vazio sanitário, os agricultores devem fazer o cadastro das áreas de produção no sistema GEDAVE, em que o proprietário, arrendatário ou ocupante da propriedade deverá informar a data de plantio, até 15 dias após a semeadura.
Períodos diferentes
Mas nem todos os municípios paulistas precisarão fazer o vazio sanitário a partir desta sexta. A Resolução SAA 30/2024 dividiu o estado em duas regiões. Uma delas, que é composta por 109 cidades, deverão aderir à regulamentação entre 10 de setembro e 10 de novembro.
“A região noroeste possui essa especificidade, pois é uma região onde os produtores plantam o algodão depois da safra da soja e, por isso, a cultura permanece mais tempo no campo, fazendo-se necessária a regionalização”, explica Paloschi.
Os municípios que devem começar em 10 de setembro são: Adolfo, Altair, Álvares Florence, Américo dos Campos, Aparecida D’Oeste, Aspásia, Auriflama, Bady Bassit, Bálsamo, Barretos, Bebedouro, Buritama, Cajobi, Cardoso, Cedral, Colina, Colômbia, Cosmorama, Dirce Reis, Dolcinópolis, Embaúba, Estrela D’Oeste, Fernandópolis, Floreal, Gastão Vidigal, General Salgado, Guaíra, Guapiacu, Guaraci, Guarani D’Oeste, Guzolândia, Icém, Indiaporã, Ipiguá, Jaborandi, Jaci, Jales, José Bonifácio, Lourdes, Macaubal, Macedônia, Magda, Marinópolis, Mendonça, Meridiano, Mesópolis, Mira Estrela, Mirassol, Mirassolândia, Monções, Monte Aprazível, Monte Azul Paulista, Neves Paulista, Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Canaã Paulista, Nova Castilho, Nova Granada, Nova Lusitânia, Olímpia, Onda Verde, Orindiúva, Ouroeste, Palestina, Palmeira D’Oeste, Paranapuã, Parisi, Paulo de Faria, Pedranópolis, Pirangi, Pitangueiras, Planalto, Poloni, Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, Potirendaba, Riolândia, Rubinéia, Santa Albertina, Santa Clara D’Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita D’Oeste, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, Santo Antônio do Aracanguá, São Francisco, São João das Duas Pontes, São João de Iracema, São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Severínia, Sud Mennucci, Tanabi, Taquaral, Terra Roxa, Três Fronteiras, Tiriúba, Turmalina, Ubarana, União Paulista, Urânia, Valentim Gentil, Viradouro, Vitória Brasil, Votuporanga e Zacarias.

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