Expomeat 2024 debate sustentabilidade, hábitos de consumo e as oportunidades às proteínas brasileira 

Mais de 200 expositores representando cerca de 450 marcas nacionais e internacionais participam da Expomeat – Feira Internacional para a Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal, que acontece até esta quinta, 26, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP). São empresas que atuam em diversas áreas, como insumos, máquinas e equipamentos, automação, logística, rastreabilidade e sustentabilidade. 

São esperadas mais de 10,5 mil pessoas do Brasil e de outros 14 países. Segundo os organizadores, o público é altamente qualificado, já que 96% dos visitantes são decisores de compra, interessados em investir em inovações que atendam às crescentes demandas do mercado.

Conforme a diretora da feira, Maria Antônia Siqueira Ferreira, a Expomeat possibilita aos participantes a oportunidade de estar no principal palco das tendências do setor de processamento de proteína animal e vegetal. 

“O setor de proteínas no Brasil está em um momento crucial de transformação, com tendências claras que apontam para o crescimento sustentável, inovação e expansão de mercado. As empresas que souberem aproveitar essas oportunidades, adotando práticas inovadoras e sustentáveis, terão grandes chances de se destacar no cenário nacional e internacional nos próximos anos”, diz em nota.

A programação conta com eventos integrados, como seminários, congressos, debates e lançamentos, simultaneamente, em sete auditórios. Entre os destaques dessa integração, ocorrerão:

• SavCarne – Salão do Varejo da Carne: Uma vitrine especial para o varejo de carnes, onde serão discutidas as tendências e inovações em cortes, qualidade, embalagens e estratégias de mercado;

• FIRA – Feira da Indústria de Reciclagem Animal apresenta as diversas soluções para a eficiência do processamento de subprodutos na produção de farinhas e gorduras;

• Prêmio Carne Forte, concedido anualmente em reconhecimento às lideranças e personalidades do setor frigorífico.

Tendências e hábitos de consumo estão entre os debates realizados no evento.  “A sustentabilidade vai além do processo produtivo da proteína e alcança a jornada até o consumidor por meio da embalagem em que ela é apresentada. É uma oportunidade para os processadores buscarem inovações, como por exemplo, soluções que reduzam o uso de material nas embalagens sem comprometer a conservação do produto”, diz em nota o diretor de marketing da SEE para América Latina, Mariano Iocco, 

Segundo o relatório Buying Green de 2023, naquele ano,  82% dos entrevistados disseram estar dispostos a pagar mais por embalagens sustentáveis, um aumento de quatro pontos em relação a 2022, e oito pontos em relação a 2021.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, também ressalta que a introdução de tecnologias inovadoras – como a automação de processos, inteligência artificial e análise de dados – tem revolucionado o setor de proteína animal. “A expectativa é que essa troca de experiências entre produtores e compradores de diversos países possa contribuir para o crescimento da produção”, disse em nota.

Ainda de acordo com o presidente da Faesp, essa nova edição da feira poderá oferecer muitas oportunidades para diversos produtores, principalmente pequenos e médios. Segundo ele, com o crescimento da demanda por proteínas vegetais, o Brasil poderá reforçar a presença no mercado internacional com suas carnes e avançar nesse novo nicho.  

“Somos grandes exportadores de proteína animal e temos um mercado novo que se abre para as proteínas vegetais. Esse evento poderá ser um divisor de águas para os produtores, que terão informação de qualidade e a oportunidade de ter contato direto com representantes de outros mercados”, destaca Meirelles.

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