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Avião autônomo, ChatGPT do Agro, novos drones: lançamentos da indústria em SP

Mercado em crescimento favorece desenvolvimento de novas tecnologias; ao longo deste ano, outras novidades estão previstas

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Igor Savenhago | Ribeirão Preto

24/02/2025 - 08:17

Avião autônomo deve começar a ser entregue no Brasil em 2026. Foto: Pyka/Divulgação
Avião autônomo deve começar a ser entregue no Brasil em 2026. Foto: Pyka/Divulgação

Empresas do setor aeroagrícola apresentaram, no início deste ano no Estado de São Paulo, lançamentos que prometem aprimorar o monitoramento e o cuidado com as lavouras brasileiras. Entre eles, estão um avião autônomo, da norte-americana Pyka, empresa que está aterrissando no mercado nacional, e uma plataforma com Inteligência Artificial da Psyche Aerospace, uma espécie de ChatGPT do Agro. Para os próximos meses, a Gohobby, que trouxe para o país o carro voador e robôs humanoides, deve fazer novos drones alçarem voo. 

O avião autônomo, denominado pela fabricante como Pelican Spray, foi anunciado oficialmente no final de janeiro. A Pyka, indústria com sede nos Estados Unidos, terá a Syberjet Brasil como representante nos ares tupiniquins. A aeronave, que dispensa piloto, tem 6,1 metros de comprimento por 11,6 de envergadura. Pesa mais de 280 quilos, tem capacidade para 300 litros de produtos, e utiliza motores e atomizadores elétricos. 

A expectativa, segundo a Pyka, é começar as entregas no Brasil em 2026, com, pelo menos 20 aviões por ano, mas com objetivo de chegar a 100 unidades anuais. A empresa pretende levar o modelo para três grandes feiras do segmento agropecuário: a Farm Show, em março, em Primavera do Leste (MT), a Agrishow, entre o final de abril e início de maio, em Ribeirão Preto (SP), e o Congresso Brasileiro de Aviação Agrícola (AvAg), em agosto, em Santo Antônio do Leverger (MT). 

O diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Gabriel Colle, que participou do lançamento, explica que o Pelican deverá ter um campo de atuação em uma faixa intermediária entre o que é atendido pelos drones e pelos aviões agrícolas. “Tanto que a empresa trata o equipamento como ‘aeronave autônoma’, e não como drone”, explica Colle. 

ChatGPT do Agro

Também no final de janeiro, a Psyche Aerospace, com sedes em São José dos Campos (SP) e Campinas (SP), anunciou a chegada do Turing. Segundo o CEO da empresa, Gabriel Leal, trata-se de uma plataforma com Inteligência Artificial (IA) capaz de integrar informações de diferentes fontes, como dados públicos, meteorológicos, financeiros, de mercado, bem como os coletados pela própria Psyche com o uso de seus drones e robôs. 

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drone
Drones coletam dados das lavouras que abastecem plataforma Turing. Foto: Psyche Aerospace/Divulgação

“Nosso objetivo é revolucionar a forma como se pensa o agro, ajudando a resolver os complexos problemas que ele enfrenta”, afirma Leal. Ele destaca que a plataforma pode ser acessada gratuitamente por agricultores e indústrias do agro, para possibilitar que a tomada de decisões seja cada vez mais embasada em evidências. 

Para desenvolver o Turing, que vem sendo chamado de ChatGPT do Agro, a Psyche contou com os conselhos de Anderson Rocha, professor, pesquisador e coordenador do maior laboratório de Inteligência Artificial da América Latina, o Recod.ai, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

Rocha explica que as aplicações da ferramenta incluem identificação de problemas na plantação e no solo, presença de ervas daninhas, falta ou excesso de nutrientes, estresse hídrico, previsão de produção e safra, maior precisão meteorológica, planejamento de insumos e semeio, entre outras funcionalidades. 

“Pretendemos que as tecnologias de drones e de IA sejam acessíveis e compreensíveis a todos. Acredito que uma das grandes barreiras até hoje é a falta de conhecimento sobre a possível existência de soluções como o Turing, que integra a cadeia, desde a coleta de dados até a pulverização via drones”, explica Rocha. 

Desenvolvimento acelerado

Para os próximos meses, a perspectiva é que esse mercado continue em ascensão para atender à demanda. Pesquisa divulgada em outubro do ano passado, pela Mordon Intelligence, apontou que, só em drones agrícolas, o movimento financeiro deve mais que dobrar no mundo nos próximos cinco anos. 

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No Brasil, conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), havia, em 2024, pouco mais de cinco mil equipamentos em operação no campo. No entanto, outras estimativas, como a do Drone Show, um dos maiores eventos do país nesse ramo, apontam que o número pode estar subestimado. A projeção do Drone Show é de que 12 mil drones agrícolas já estejam voando nos céus nacionais, ainda longe de preencher todo o potencial, que seria de 50 mil. 

drone Gohobby
Três novos modelos de drones devem ser trazidos ao Brasil pela Gohobby em 2025. Foto: Gohobby/Divulgação

De olho nessa expansão, a Gohobby, com sede em São Paulo, tem investido cada vez mais no agronegócio, setor que, no ano passado, ultrapassou outros atendidos pela empresa, alcançando o primeiro lugar, com 54% do faturamento. A Gohobby foi a responsável por trazer ao mercado brasileiro robôs humanoides e o carro voador, sensações da Agrishow 2024.

Desde 2013, a empresa é representante de equipamentos da chinesa DJI e oferece ao mercado, entre outras opções, um drone com capacidade para 50 quilos de carga para dispersão e 40 litros para pulverização. Esse modelo consegue percorrer até 21,3 hectares por hora. 

Agora para 2025, devem chegar ao Brasil três novos modelos. Entre eles, um com capacidade de 75 quilos de carga para dispersão, que deverá ter novas tecnologias embarcadas, visando maior precisão. 

Segundo Adriano Buzaid, CEO da Gohobby, e Alexandre Amaral, gerente de marketing, os investimentos para este ano preveem, ainda, mais um produto para o agro. “É um mercado que dobra de tamanho a cada ano. Até 2017, a tecnologia ainda gerava certa desconfiança. Os drones tinham litragens menores e eram operados manualmente, com riscos maiores de acidentes. Hoje, com a operação totalmente automatizada, a tendência é que o campo fique cada vez mais tecnológico”, afirma Buzaid. 

Ele acredita que, com o avanço da demanda e das pesquisas, haverá possibilidades de um mesmo operador controlar diversos equipamentos simultaneamente. 

Esse foi um dos fatores para a empresa criar, em 2023, a Universidade Gohobby, que tem, como uma das missões, auxiliar na formação de pilotos de drones. “Temos um módulo de agricultura na universidade, em que discutimos legislação, damos treinamento, enfim, estimulamos o conhecimento com o intuito de contribuir para educar esse mercado”, declara Amaral. 

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