Pecuária
Preço do leite pago ao produtor cai pela sétima vez consecutiva
Consultoria vê recuperação da cotação somente a partir do segundo bimestre de 2026, quando a oferta no campo deve reduzir
Redação Agro Estadão
05/12/2025 - 10:18

A forte oferta no campo e a baixa demanda da ponta consumidora, ocasionou a sétima queda consecutiva no preço do leite pago ao produtor.
De acordo com levantamento realizado pela Scot Consultoria, no pagamento de novembro referente ao leite entregue em outubro, o recuo nos preços foi de 3,4% ou 0,08 centavos por litro. Considerando a média nacional ponderada — que calcula um valor médio nacional — nos 18 estados pesquisados pela consultoria, o litro do leite ficou cotado em R$ 2,24. Em relação ao igual período do ano passado, o preço médio está 11% menor.
Mesmo com a sequência de quedas nos preços, a produção segue crescente, mantendo a pressão sobre as cotações. “No país, o índice de captação calculado aqui pela Scot Consultoria aumentou 3,6% em outubro, na comparação mês a mês, sustentado por investimentos realizados no final do ano passado e também no início de 2025, e pelo clima favorável” disse Juliana Pila, analista de mercado da Scot. Ela ressalta que, no acumulado do ano, esse índice registra um aumento de 12,3% em relação ao igual período de 2024.
Perspectiva de alta a partir de março de 2026
Segundo apuração da consultoria, a perspectiva de alta no preço do leite ao produtor deve ocorrer somente a partir do segundo bimestre do próximo ano. Enquanto isso, o movimento deve ser de estabilidade ou queda, dependendo da praça.
“Para o pagamento que vai ser realizado em dezembro referente à produção entregue em novembro, o mercado segue entre estabilidade e baixa. Segundo o levantamento da Scot Consultoria, 85% dos laticínios consultados apontam para queda no próximo pagamento e 15% projetam estabilidade”, destacou a analista.
Segundo ela, nenhuma indústria consultada acredita em alta, uma vez que, para os próximos meses, a oferta maior que a demanda sustenta a expectativa de continuidade do movimento de baixa. “A recuperação da cotação deve ocorrer a partir do segundo bimestre de 2026, quando a oferta começa a recuar na região sul do país”, salienta Juliana.
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