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Pecuária

Cavalo Campeiro: o marchador das araucárias

Cavalo Campeiro encanta com marcha picada de quatro tempos e resistência inigualável no campo

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Redação Agro Estadão*

26/11/2025 - 05:00

Foto: Redes Sociais ABRACCC/Reprodução
Foto: Redes Sociais ABRACCC/Reprodução

O cavalo Campeiro representa uma verdadeira joia da equinocultura brasileira, desenvolvida nas exuberantes regiões das Araucárias do Sul do país. 

Esta raça se destaca por sua característica mais notável: a marcha picada de quatro tempos, que oferece conforto excepcional ao cavaleiro em longas jornadas. 

CONTEÚDO PATROCINADO

A rusticidade e resistência natural destes animais os tornaram indispensáveis para o trabalho rural, conquistando produtores por sua adaptabilidade única aos desafios do campo brasileiro.

Uma lei aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná, estabeleceu o Cavalo Campeiro como patrimônio cultural e histórico do Estado, reconhecendo a relevância da única raça equina nativa paranaense.

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Campeiro (ABCCC) atua como guardião da raça, mantendo o registro genealógico oficial e promovendo eventos que destacam suas qualidades.

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A história e origem do cavalo Campeiro

As raízes históricas do cavalo Campeiro mergulham profundamente no desenvolvimento das regiões sul do Brasil. 

Esta raça se moldou nas serras catarinenses e paranaenses, adaptando-se naturalmente aos terrenos acidentados e ao clima rigoroso. Por essa ligação geográfica, ganhou o carinhoso apelido de “Marchador das Araucárias”.

A formação racial recebeu influência significativa dos cavalos ibéricos trazidos pelos colonizadores espanhóis e portugueses. Contudo, foi a seleção natural impiedosa e a lida diária que esculpiram as características distintivas da raça. 

Os tropeiros desempenharam papel fundamental na consolidação do cavalo Campeiro. Eles percorriam longas distâncias transportando mercadorias e gado, exigindo montarias confiáveis e resistentes. 

O cavalo que emergia dessa seleção prática possuía não apenas resistência física, mas também temperamento equilibrado e marcha confortável para jornadas extenuantes.

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A ligação cultural entre o cavalo Campeiro e as comunidades rurais transcende a simples relação utilitária. Este animal integrou-se às tradições locais, participando de festas campeiras, rodeios e cavalgadas. 

Nas propriedades rurais, tornou-se símbolo de status e competência, representando a habilidade do criador em selecionar e manter animais de qualidade superior.

Cavalo campeiro e o trabalho no campo

cavalo campeiro
Foto: Redes Sociais ABRACCC/Reprodução

O cavalo Campeiro conquistou seu espaço no trabalho rural através de qualidades físicas excepcionais que o tornam extraordinariamente rústico e resistente. 

Sua constituição robusta permite navegação eficiente em terrenos difíceis, desde campos pedregosos até encostas íngremes cobertas por vegetação densa. 

A adaptação às variações climáticas severas do Sul do Brasil, onde as temperaturas podem variar drasticamente entre estações, demonstra a versatilidade genética desenvolvida ao longo de gerações.

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Os cavalos bem manejados, frequentemente, permanecem ativos e produtivos por décadas, proporcionando excelente retorno sobre o investimento para criadores. 

Esta característica, aliada à capacidade de trabalho prolongado sem sinais de fadiga prematura, torna esses animais valiosos para atividades intensivas de manejo de gado e transporte em áreas de acesso limitado.

A marcha picada de quatro tempos constitui a característica mais celebrada do cavalo Campeiro. Esta andadura singular segue um padrão lateral onde os membros do mesmo lado se movem em sequência: posterior direito, anterior direito, posterior esquerdo e anterior esquerdo. 

Diferentemente do trote diagonal de dois tempos, esta movimentação mantém sempre dois ou três cascos em contato com o solo, eliminando a fase de suspensão que causa desconforto ao cavaleiro.

A biomecânica desta marcha produz menor impacto vertical e movimento fluido, permitindo que o cavaleiro permaneça confortavelmente na sela durante horas sem fadiga excessiva. 

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Esta eficiência energética também beneficia o próprio animal, que pode manter velocidade moderada por períodos extensos sem desgaste desnecessário.

Importância econômica do cavalo Campeiro

cavalo campeiro
Foto: Redes Sociais ABRACCC/Reprodução

O valor econômico do cavalo Campeiro no mercado brasileiro reflete sua versatilidade e qualidade genética superior. 

No segmento reprodutivo, coberturas e envio de sêmen de reprodutores selecionados alcançam valores expressivos, com serviços de garanhões premiados chegando a R$ 1.300,00 por unidade. 

A criação seletiva representa investimento estratégico para produtores rurais conscientes. Os programas de registro genealógico mantidos pela ABCCC garantem a rastreabilidade e pureza racial, agregando valor significativo aos animais registrados. 

Além do mercado tradicional de trabalho rural, o cavalo Campeiro encontra aplicações lucrativas em segmentos emergentes. A equoterapia valoriza sua docilidade natural e marcha suave, características ideais para tratamentos terapêuticos. 

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O turismo rural também abraça estes animais, oferecendo cavalgadas ecológicas que proporcionam experiências autênticas aos visitantes urbanos.

A facilidade de manejo reduz custos operacionais significativamente, tornando a criação economicamente viável mesmo para propriedades menores. 

A rusticidade natural diminui gastos veterinários e permite aproveitamento de pastagens nativas, otimizando a relação custo-benefício da atividade criatória.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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