Rio Grande do Sul lança plataforma Roadmap Climático na COP 29

O governo do Rio Grande do Sul lançou a plataforma Roadmap Climático, durante assembleia na Conferência do Clima (COP 29), em Baku, no Azerbaijão. A plataforma disponibiliza um questionário para que os 497 municípios gaúchos possam informar sobre ações e conhecimento que possuem sobre a pauta  “mudanças climáticas”. 

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, disse ao Agro Estadão que os dados de impactos climáticos sobre o agronegócio gaúcho vão constar no mapeamento feito pela plataforma.

“Dados referentes ao agronegócio serão mencionados nos questionamentos do formulário, devido aos impactos que o próprio setor sofreu nos últimos eventos, não só de enchentes, mas também de secas. Além disso, o Roadmap coleta dados de inventário de emissões [de gases de efeito estufa], que é um ponto onde o agronegócio sempre é citado”, esclarece ao Agro Estadão.

Segundo a secretária, o objetivo do Roadmap Climático é identificar os gargalos e poder propor políticas efetivas. “Nós esperamos que tenha um impacto positivo com a inclusão dessa pauta e das técnicas de manejo, principalmente de produção de baixo carbono, que deverão aparecer no Roadmap”, estima Marjorie Kauffmann.

Os questionários do Roadmap serão enviados diretamente para cada Comissão Municipal de Mudanças Climáticas. No entanto, a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura ressalta que, em muitos municípios, a informação poderá vir das Secretarias Municipais de Agricultura.

“Este Roadmap está projetado para ser uma consulta à entidade pública e não aos privados. Mas nós temos uma série de outras ações ocorrendo junto com as federações e, em especial, a Federação da Agricultura e a Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul”. Segunda a secretária, estas federações serão contempladas dentro do ProClima 2050 e do Plano Rio Grande, que buscam reconstruir o estado de forma adaptada às mudanças climáticas.

Roadmap Climático

O Roadmap Climático foi um dos projetos selecionados pelo Conselho Consultivo do Future Fund, um fundo de financiamento vinculado à coalizão Under 2. A organização global — da qual o Rio Grando do Sul faz parte desde 2022 — é gerida pelo Climate Group e destina recursos internacionais para projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.

A plataforma foi desenvolvida pela Assessoria do Clima da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, com a parceria da Secretaria do Planejamento, Governança e Gestão, da Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais e da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.

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