Estudo aponta que determinadas proteínas podem ajudar no combate a verminoses em ovinos | Agro Estadão
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Inovação

Estudo aponta que determinadas proteínas podem ajudar no combate a verminoses em ovinos

Moléculas podem ser biomarcadores e auxiliam no tratamento das verminoses na criação de ovinos

Nome Colunistas

Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com

23/08/2024 - 08:00

Foto: Gisele Rosso/Embrapa
Foto: Gisele Rosso/Embrapa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pesquisou a relação entre proteínas e verminoses presentes na criação de ovinos. Entre as doenças analisadas está a hemoncose, causada pelo parasita Haemonchus contortus. Os resultados obtidos servem para melhorar a seleção de animais mais resistentes a esses tipos de doenças. 

O estudo foi feito com animais infectados das raças Dorper e Santa Inês durante 28 dias, com avaliações semanais. Os ovinos Santa Inês tiveram um desempenho melhor frente aos da raça Dorper. Um dos indicativos foram as proteínas ligadas ao sistema imune, como explica a pesquisadora que coordenou o estudo. 

“Por exemplo, a enzima enolase fosfopiruvato hidratase, ou ENO3, desempenha um papel relevante no sistema imunológico da Santa Inês, enquanto a Themis parece contribuir na resposta imune da Dorper”, diz Ana Carolina Chagas. Além dessas, também foram analisadas proteínas relacionadas ao manejo, ao estresse e ao controle inflamatório. 

Para fazer a medição, o experimento utilizou a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e a análise do volume globular (OVG). A primeira abordagem estima o grau da infecção enquanto a segunda vê o nível de anemia nos animais. 

Proteínas são alternativa de biomarcadores de infecção

A pesquisa também demonstrou que essas proteínas podem funcionar como biomarcadores. É o caso das moléculas gasdermina-D (GSDMD), guanilato (GBP) e Aggrecan Core Protein (ACAN). GSDMD e GBP em grandes quantidades associadas a redução de ACAN, podem indicar que os animais estão infectados, segundo o estudo. 

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Como essas são proteínas comuns em animais infectados nas duas espécies, é possível que o monitoramento delas auxilie os criadores no tratamento do rebanho. Isso porque dependendo do indicativo, o produtor pode fazer um cuidado seletivo dos ovinos infectados. Outro ponto é que essas proteínas também podem determinar o status da infecção da ovelha, dependendo dos níveis encontrados no exame. 

De acordo com Chagas, esses bioindicadores podem ajudar a restringir a resistência dos vermes aos medicamentos. “É uma alternativa para reduzir o uso de vermífugos e diminuir os casos de resistência de parasitas. No entanto, o controle da verminose depende de vários fatores, principalmente de ações nas propriedades e conscientização dos produtores de ovinos de evitarem o uso indiscriminado de anti-helmínticos”, afirmou. 

A Embrapa estima que doenças gastrointestinais, como a hemoncose, são responsáveis por uma perda de US$ 94,5 milhões por ano aos produtores do Brasil. Isso porque elas provocam perda de peso dos ovinos criados a pasto de até 27%.

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