Inovação
Agricultura digital: Basf apresenta resultados de testes e lança soluções para grãos e cana alta
Uma das ferramentas apresentou 40% de economia nos custos operacionais de análise de solo; solução para cana-de-açúcar indicou otimização de 90% nos insumos
Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
11/05/2024 - 15:00

O Mapeamento Digital de Plantas Daninhas que já existe para soja e algodão, agora também é feito em cana-de-açúcar. A atualização da ferramenta do xarvio, a marca global de agricultura digital da Basf, traz como resultado dos testes em campos um índice de otimização do uso de insumos que impressiona. “A gente consegue alcançar até 97% de redução no uso de herbicidas. O agricultor já sabe a quantidade de produto que precisa antes de começar a aplicação”, conta Davi Kohntopp, pesquisador de produtos digitais do xarvio.
Ao Agro Estadão, o pesquisador explica que a ferramenta é indicada para lavouras com cana alta, a partir de 1,60m ou quando o canavial começa a fechar e, de cima, não é mais possível ver o solo. A imagem em alta resolução captada por drone é inserida na plataforma que faz a leitura de onde as plantas daninhas estão. Isso em tempo recorde.
“Do sobrevoo à entrega dos mapas leva até 48 horas, mas dependendo do tamanho do talhão, conseguimos entregar em 8 horas – um talhão de 200 hectares, por exemplo”, explica Kohntopp. Além de proporcionar economia de tempo, a solução ajuda a economizar em equipe – pois o trabalho que é feito pelo drone teria de ser feito por um time a campo.
A partir daí, as informações são inseridas na máquina para pulverização do produto exatamente no ponto que a tecnologia indica. Para isso, a máquina precisa ter tecnologia embarcada de leitura de mapas, algo que a maioria dos equipamentos usados para pulverização já possuem.
Semeadura em taxa variável aumentou produtividade
Para lavouras de soja, milho e algodão, o xarvio trouxe ao mercado a ferramenta de Semeadura em Taxa Variável. A análise dos talhões é feita por imagens de satélite, indicando quais pontos têm potencial de render maior produtividade. O pesquisador em produtos digitais da empresa diz que essa é uma boa forma de começar com práticas de agricultura digital.

“A semente é a que o produtor tem, a ferramenta apenas otimiza o potencial produtivo ao racionalizar a distribuição dessa semente no talhão, colocando mais onde teria condição de maior produtividade e reduzindo custo em lugares que o talhão não teria tanta capacidade de expressar o potencial da semente”, explica Kohntopp
A ferramenta foi usada em plantações de algodão (MT e BA), soja (MT, MS, GO, PR, SC, RS,TO, BA,MA e PI) e milho (PR, MS, MT, GO e MG). A produtividade da safra 23/24 em relação à safra 21/21 aumentou 2,2% na soja, 5,4% no milho e 2,4% no algodão.
Análise de solo mais rápida e econômica com agricultura digital
Com uso de inteligência artificial, os custos com amostragem caem e a agilidade na obtenção do resultado aumenta, segundo a marca. “Através da técnica de agricultura digital, o número de amostras coletadas reduz em até 40% e, de uma maneira muito rápida, o agricultor tem acesso às necessidades de adubação, correção de solo, fertilidade ou nutrição”, analisa Davi Kohntopp.
Os dados divulgados sobre o uso da ferramenta mostram aumento na produtividade de 4,3% no cultivo de milho e de 1,18% no cultivo de soja, em comparação com o método de adubação tradicional.

O coordenador de Tecnologia Agrícola do Campo Digital Coopercitrus, que tem 38 mil cooperados, avalia o uso da plataforma que inclui as tecnologias de análise do solo e gestão nutricional dos talhões.
“Eu posso atender centenas ou milhares de cooperados ao mesmo tempo, com a mesma segurança em características agronômicas, a mesma precisão no campo”, afirma Paulo Eduardo Compachiari ao Agro Estadão. “Entrega de maneira muito simples, rápida e precisa as análises que são de interesse de qualquer produtor nas várias culturas”, completa.
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