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Economia

Zoneamento climático do abacaxi é atualizado e traz mapa nacional

Nova versão do Zarc considera dados de clima, umidade do solo e variedades da fruta para orientar o plantio em 26 mil simulações de cultivo no país

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Redação Agro Estadão

13/05/2025 - 11:27

Foto: Junghans Davi Theodoro/Embrapa
Foto: Junghans Davi Theodoro/Embrapa

Os produtores de abacaxi de todo o Brasil, agora, contam com o primeiro Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) com abrangência nacional específico para a cultura. A nova ferramenta, publicada pela Portaria n.º 169/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), substitui a versão anterior, de 2012, com base em dados científicos e históricos mais recentes. O objetivo é aumentar a produtividade e reduzir os riscos, especialmente em regiões vulneráveis como o Semiárido.

Uma das principais atualizações é a classificação por níveis de risco climático (20%, 30% e 40%), aplicada às quatro fases de desenvolvimento da fruta:

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  • Fase 1 (inicial): implantação e o desenvolvimento inicial da planta;
  • Fase 2: crescimento vegetativo; 
  • Fase 3: indução floral e início de frutificação; 
  • Fase 4: desenvolvimento do fruto até a colheita.

A classificação indica as melhores janelas de plantio com menor probabilidade de perdas, sendo 40% o risco máximo aceitável.

Umidade do solo, temperatura e variedades influenciam o risco

Plantação de abacaxi; Zoneamento climático do abacaxi
Foto: Alessandra Vale/Embrapa

O novo zoneamento climático do abacaxi amplia a classificação dos tipos de solo quanto à disponibilidade de água, passando de três para seis categorias. Essa variação afeta diretamente o risco climático, como explica o engenheiro-agrônomo Mauricio Coelho, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), responsável técnico pelo Zarc Abacaxi. “Quanto menor for essa ‘caixa d’água’, mais acentuado vai ser o risco, a depender do solo”, afirma. Por outro lado, ele alerta que o excesso de água também prejudica o cultivo.

Além do solo, locais com probabilidades de geadas frequentes e plantios localizados em altitude superior a mil metros também foram considerados de risco climático elevado.

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O zoneamento climático do abacaxi também passou a diferenciar as principais variedades cultivadas no Brasil. Foram criados dois grupos:

  • Grupo 1 (mais rústico): ‘Pérola’, ‘Turiaçu’ e ‘Smooth Cayenne’;
  • Grupo 2 (mais sensível): ‘BRS Imperial’.

A portaria também determina que o estabelecimento de novas áreas com essas variedades utilize mudas produzidas em viveiros credenciados, conforme a legislação de sementes e mudas (Lei n.º 10.711/2003 e Decreto n.º 5.153/2004).

Quase 26 mil simulações

Eduardo Monteiro, pesquisador da Embrapa Agricultura Digital (SP) e coordenador da Rede Zarc Embrapa, destaca as mudanças no novo zoneamento, em especial as ligadas à base de dados meteorológicos. “Agora são considerados os dados meteorológicos atualizados até 2022, incluindo, portanto, dados bem mais recentes em relação ao zoneamento antigo”, salienta em nota.

Com essa atualização, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático do abacaxi passa a utilizar no mínimo 20 anos de registros diários para analisar 36 datas potenciais de plantio, com três níveis de risco (20%, 30% e 40%), seis classes de umidade do solo e dois grupos varietais. O resultado são 25.920 simulações, cobrindo diferentes cenários de cultivo em todo o território nacional.

O Zarc Abacaxi pode ser consultado na plataforma Painel de Indicação de Riscos ou pelo aplicativo Zarc Plantio Certo.

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