Economia
Sorriso, em MT, manteve liderança em valor de produção agrícola em 2024
Município representou 0,9% do total nacional e sustentou primeiro lugar no ranking mesmo com recuo de 13,7% em relação ao ano anterior

Broadcast Agro
11/09/2025 - 15:50

O município de Sorriso, em Mato Grosso, registrou o maior valor de produção agrícola do País em 2024: R$ 7,2 bilhões, o equivalente a 0,9% do total nacional. Apesar da liderança, o montante representa um recuo de 13,7% em relação ao ano anterior. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2024, divulgada nesta quinta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2024, Sorriso teve o terceiro maior valor gerado com a produção de soja (R$ 3,3 bilhões) e o maior com milho (R$ 2,4 bilhões), destacando-se também no algodão (R$ 1,3 bilhão) e feijão (R$ 195,7 milhões).
O segundo maior valor de produção foi obtido por São Desidério, na Bahia, totalizando R$ 6,6 bilhões, queda de 15% em relação a 2023. A produção de soja totalizou R$ 3,7 bilhões, o maior valor gerado com a cultura entre todos os municípios produtores, enquanto a de algodão ficou em R$ 2,4 bilhões.
O terceiro maior valor da produção agrícola do País foi de Sapezal, em Mato Grosso, com R$ 5,9 bilhões, queda de 22,3% em relação ao ano anterior. O destaque local foi a produção de algodão herbáceo, com R$ 3,6 bilhões, e soja, com R$ 1,8 bilhão.
Em 2024, os 10 municípios com maiores valores da produção agrícola geraram juntos R$ 52,4 bilhões, uma fatia de 6,7% de todo o resultado gerado no País. O Mato Grosso concentrava seis desses municípios. Bahia e Goiás tinham dois municípios cada.
“Excluindo-se Sapezal e Campo Novo do Parecis, ambos em Mato Grosso, os demais municípios desse grupo apresentaram a soja como principal produto agrícola, tendo milho e algodão também como destaques”, frisou o IBGE.
O Mato Grosso foi o estado com o maior valor de produção agrícola em 2024, com R$ 120,8 bilhões, queda de 21,3% ante 2023, seguido por São Paulo (R$ 118 bilhões e aumento de 4,9%) e Minas Gerais (R$ 86,6 bilhões e elevação de 6,9%).

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