Economia
Você sabia que o amendoim é um legume?
Diferentemente das nozes, que são frutos secos de árvores, o amendoim cresce sob a terra em uma vagem, característica típica dos legumes
Redação Agro Estadão* | Atualizada em 18/04/2025 às 11h48
16/04/2025 - 08:00
Quando pensamos em amendoim, o que vem à sua mente? Aquele petisco salgado ou doce, crocante e delicioso? Ou talvez você se lembre daquela pasta cremosa que faz sucesso entre os adeptos da alimentação saudável?
Seja qual for a sua associação, é inegável que o amendoim ocupa um lugar especial na culinária e na agricultura brasileira. Mas você já parou para pensar sobre a verdadeira natureza botânica dessa planta tão versátil?
O amendoim é uma cultura de grande importância para a agricultura brasileira por seu valor nutricional e por sua relevância econômica. Sua versatilidade é impressionante: além de ser consumido in natura, o amendoim é utilizado na produção de óleos, farinhas e até mesmo como matéria-prima para biodiesel.
A produção nacional de amendoim deve alcançar 1,18 milhão de toneladas na safra 2024/25, representando um avanço de 60,3% em relação ao ciclo anterior, que encerrou com 733,7 mil toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Amendoim é legume?
Surpreendentemente, a resposta é sim! O amendoim, cientificamente conhecido como Arachis hypogaea L., pertence à família Fabaceae, também conhecida como Leguminosae. Isso significa que, botanicamente falando, o amendoim é classificado como um legume, assim como o feijão, a ervilha e a lentilha.
Essa classificação muitas vezes causa confusão, pois tendemos a associar o amendoim com as nozes e castanhas devido à sua textura e uso culinário. No entanto, diferentemente das nozes, que são frutos secos provenientes de árvores, o amendoim cresce sob a terra, em uma vagem, característica típica dos legumes.
Entender essa classificação é crucial para o manejo adequado da cultura e para questões legislativas. Por exemplo, as técnicas de rotação de culturas e fixação de nitrogênio no solo, comuns às leguminosas, são aplicáveis ao cultivo do amendoim.
Além disso, em termos de regulamentação alimentar e rotulagem, o amendoim é frequentemente tratado de forma diferente das nozes e castanhas, especialmente no que diz respeito a alergias alimentares.
Escolhendo a variedade ideal de amendoim para sua região
A escolha da variedade certa de amendoim é fundamental para o sucesso do cultivo e diversos fatores devem ser considerados nessa decisão. O clima da região, o tipo de solo, a resistência a doenças e o ciclo de produção são elementos cruciais que influenciam diretamente na produtividade e qualidade da colheita.
No Brasil, existem várias variedades de amendoim cultivadas, cada uma com características específicas que as tornam mais adequadas para determinadas regiões e finalidades.
Principais variedades
Runner: muito popular no Brasil, especialmente em São Paulo, o maior estado produtor. É conhecido por seu alto rendimento e grãos uniformes, ideais para a indústria de confeitaria.
Virgínia: caracteriza-se por grãos maiores e é frequentemente usado para consumo in natura ou torrado.
Spanish: possui grãos menores, sendo apreciado por seu alto teor de óleo, muito utilizado na indústria de óleo comestível.
A escolha da variedade deve levar em conta as particularidades de cada região. Por exemplo, para áreas com períodos de seca mais prolongados, variedades de ciclo curto e mais resistentes à seca podem ser mais apropriadas.
Já em regiões com alta umidade, a resistência a doenças fúngicas torna-se um fator crucial na seleção.
Para obter sementes de qualidade e certificadas, os produtores podem recorrer a instituições como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) ou cooperativas agrícolas especializadas.
Essas entidades fornecem as sementes e oferecem orientação técnica sobre o manejo adequado para cada variedade.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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