Pecuária terá expansão e margens positivas, projeta MFG | Agro Estadão Pecuária terá expansão e margens positivas, projeta MFG | Agro Estadão
PUBLICIDADE

Economia

Pecuária terá expansão e margens positivas, projeta MFG

Maior grupo de confinamento do país vê recuperação da rentabilidade do setor nos próximos dois anos

Nome Colunistas

Sabrina Nascimento | São Paulo

28/11/2024 - 07:43

Próximos dois anos anos serão de reposição de rebanho, após aumento de abates de fêmeas. Foto: MGF/Reprodução Redes Sociais
Próximos dois anos anos serão de reposição de rebanho, após aumento de abates de fêmeas. Foto: MGF/Reprodução Redes Sociais

Os últimos dois anos foram de margens negativas para pecuaristas e confinadores brasileiros. No entanto, a constante elevação do preço da arroba e dos animais de reposição marcam uma mudança de ciclo. Assim, a MFG Agropecuária, maior grupo de confinamento do país, projeta um cenário de expansão e margens positivas para 2025 e 2026.

“A gente já pode dizer que 2024 foi um ano de ajuste positivo. Tivemos uma pecuária melhor, com margens melhores para o investidor, que é o pecuarista, para o confinamento e para a indústria. […] Mesmo que o custo de produção tenha subido um pouco, o boi subiu também nos últimos dias e está equalizando e conseguindo formar uma condição de preço melhor”, explica Vagner Lopes, gerente geral das operações dos confinamentos da MFG Agropecuária.

Para ilustrar a valorização recente, o preço da arroba do boi gordo no estado de São Paulo alcançou valor médio de R$ 352,00 nesta semana, segundo o indicador Cepea. O montante é 10,48% superior à média de negociação do início de novembro (R$ 320,55) e 34,6% no acumulado do ano.

Mesmo cenário para a reposição. No indicador Cepea, base Mato Grosso do Sul, o bezerro atingiu R$ 2.683,92 por cabeça na terça-feira, 26. A variação diária ficou em 0,71% e a mensal, 11,41%. Este ano ano, a alta chega a 28,6%

Ao Agro Estadão, o gerente da MFG Agropecuária detalha que o quadro é consequência do aumento do abate de fêmeas. “Devemos ter pela frente um desafio na reposição, o que vai aquecer o preço do mercado do bezerro. Então, vai ser bom para o pecuarista que faz a cria, porque vai ter uma procura muito grande para o animal para o ano que vem”, destaca Lopes. 

PUBLICIDADE

A companhia projeta encerrar este ano com 300 mil cabeças abatidas — volume superior ao registrado em 2023, que foi de 270 mil animais. Para 2025, a projeção está em torno de 330 mil abates. 

Vagner Lopes, gerente geral das operações dos confinamentos da MFG Agropecuária. Foto: MFG Agropecuária/Divulgação

Custo do confinamento

A relação do custo de produção e rentabilidade é um ponto a se analisar no sistema de confinamento. Atualmente, a MFG Agropecuária trabalha com duas modalidades de negócios para confinamento: por diária e por arroba produzida. (Saiba mais sobre boitel

No modelo de diária, o custo médio para manter um animal no confinamento por 100 dias gira em torno de R$ 15 por dia — R$ 1.500 no período. Esse valor cobre os serviços de alimentação, protocolo sanitário, vacinas e rastreabilidade do animal. “A gente direciona para a indústria frigorífica, com algumas ferramentas de trava, de proteção de preço. Ele [o pecuarista] sabe quanto vai gastar para engordar o animal no confinamento”, esclarece Vagner.

Já no modelo de arroba, o pecuarista paga cerca de R$ 200 por cada arroba produzida dentro do confinamento. “Quando a gente fala de atratividade, estou gastando R$ 200 para produzir uma arroba e estou vendendo essa arroba por R$ 330. Então são 130 reais de margem entre o meu custo e a minha venda”, destaca o gerente da MFG Agropecuária, ao comentar que antes da pandemia essa margem girava em torno de R$ 50 por arroba. 

Outra questão importante no confinamento é o preço do milho, principal insumo na composição da ração animal, com misturas que variam entre 40% a 60% da dieta do animal a depender da região. 

PUBLICIDADE

Hoje, diante do aumento da produção de etanol à base de milho, há expectativa de elevação dos processos do grão. Neste contexto, os subprodutos, como o DDG (grãos destilados secos) e o WDG (grãos destilados úmidos) aparecem como alternativa para equilibrar o custo no confinamento. 

“Se entra uma usina que está fazendo etanol de milho, ela vai competir com os confinamentos, com as fábricas de ração, mas sobra os subprodutos, que é o DDG, que é o WDG, que vem do milho”, diz Lopes. Segundo ele, mesmo sem conseguir substituir 100% do milho, as alternativas contribuem para equilibrar a dieta animal e alcançar um bom custo ao confinador. 

Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.

Siga o Agro Estadão no Google News, WhatsApp, Instagram, Facebook ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduz estimativa da safra de soja 2024/25

Economia

Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduz estimativa da safra de soja 2024/25

A estimativa para a área semeada com milho na Argentina na temporada 2024/25 foi elevada em 500 mil hectares subindo para 7,1 milhões de hectares

Novo Fiagro financiará agricultura familiar do cacau em modelo que mescla capital público e privado

Economia

Novo Fiagro financiará agricultura familiar do cacau em modelo que mescla capital público e privado

Fundo nasce com R$ 30 milhões e meta de chegar a R$ 1 bi até 2030; de cada cem produtores de cacau no Brasil, 85 estão à margem do sistema financeiro

Gripe aviária: USDA deve investir US$ 100 milhões no combate à doença nos EUA

Economia

Gripe aviária: USDA deve investir US$ 100 milhões no combate à doença nos EUA

Agência ainda garantiu novos compromissos para importar ovos da Turquia e da Coreia do Sul

Paraná terá melhor safra de cebola dos últimos 10 anos

Economia

Paraná terá melhor safra de cebola dos últimos 10 anos

Com produção estimada em 127,6 mil toneladas, estado recupera perdas da safra passada

PUBLICIDADE

Economia

RS: colheita de soja avança para 11% com rendimento desigual

Distribuição irregular da chuva no estado afeta maturação e produtividade da soja, aponta Emater

Economia

Federarroz: colheita da safra no RS atinge 50% da área

Clima favoreceu a Fronteira Oeste gaúcha, permitindo o recolhimento dos grãos com plantas em pé, diz Federarroz

Economia

IGC eleva projeção da safra global de grãos de 2024/25 para 2,306 bilhões de t

Organização também divulgou estimativa para a safra 2025/26, esperando um volume 2,7% maior que o projetado para a safra atual

Economia

Clima preocupa cafeicultores e pode impactar próxima safra

Cooxupé alerta que efeitos das altas temperaturas só serão mensurados após a colheita da safra de café

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.