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Economia

Falta de estrutura portuária impede embarque de 638 mil sacas de café em março

Dado é Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé); prejuízo das empresas exportadoras chegou a R$ 8,9 milhões

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Redação Agro Estadão

22/04/2025 - 18:03

Foto: Adobe Stock
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Os exportadores brasileiros de café deixaram de embarcar, em março, quase 638 mil toneladas do grão, devido a gargalos logísticos nos portos do País. A informação é do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que atualiza os dados junto a seus associados.

Conforme o levantamento, o número exato de sacas não embarcadas foi de 637.767, o equivalente a 1.932 contêineres. O prejuízo com gastos que não estavam previstos com armazenagem adicional, detentions, pré-stacking e antecipação de gates, foi de R$ 8,9 milhões, de acordo com o Cecafé.

CONTEÚDO PATROCINADO

Desde que a entidade começou a fazer essa divulgação, em junho de 2024, os associados já relatam perdas de R$ 66,576 milhões com custos extras em função da estrutura defasada nos principais portos de escoamento de café do Brasil. Com isso, o País deixou de receber de receber US$ 262,8 milhões, ou R$ 1,510 bilhão, como receita cambial em suas transações comerciais no mês passado, considerando o preço médio Free on Board (FOB) de exportação de US$ 336,33 por saca (café verde) e um dólar de R$ 5,7462 na média de março.

“O Brasil é o país que mais repassa o preço FOB da exportação ao produtor e, ao deixarmos de embarcar nossos cafés devido à não concretização dos embarques, temos o repasse menor a nossos cafeicultores, que trabalham arduamente para entregar produtos de qualidade e sustentáveis”, explica o diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, em nota.

Segundo ele, os investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura vão contribuir para melhorar o cenário, mas é preciso que os processos andem rápido. “Eles são muito importantes, como o leilão do TECON10 em Santos, a concessão do canal de entrada marítima ao porto, o túnel de ligação Santos-Guarujá e a terceira via de descida da Rodovia Anchieta para a baixada santista, porém, a entrega demorará cerca de cinco anos e o segmento exportador nacional demanda de soluções urgentes, pois os prejuízos são gritantes”, avalia.

Defasagem

Heron afirma que a infraestrutura dos portos não acompanhou as necessidades do agro, o que resultou em um cenário “muito ruim” para as empresas que atuam no comércio exterior. “Todas as cargas que dependem de contêineres enfrentam esses problemas que relatamos no café e a tendência é que o cenário se agrave, pois o agronegócio não para de evoluir e serão necessários anos para chegarmos a condições adequadas na logística portuária. Basta lembrar que estamos na entressafra, com oferta menor, e, ainda assim, mais de 600 mil sacas de café estão paradas nos pátios, onerando nossos exportadores, por não terem condições de embarque devido à falta de condições modernas e contemporâneas nos portos”, declara.

Ele destaca, ainda, que o Cecafé tem buscado dialogar com os setores público e privado envolvidos com a temática, levando dados e cobrando soluções de impacto imediato.

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