Economia
Emergência fitossanitária da monilíase do cacau é prorrogada por mais um ano
Em vigor desde 2021, medida alcança quatro estados da região Norte

Redação Agro Estadão
23/07/2025 - 15:59

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) aumentou a vigência do status de emergência fitossanitária com relação ao risco de introdução da monilíase do cacau. A medida abrange os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e, desde o ano passado, o Pará. A prorrogação de mais um ano e começa a valer a partir do próximo dia 5 de agosto.
O primeiro caso da doença em território nacional foi detectado em 2021, época em que a emergência foi declarada. De lá para cá, essa é a quarta prorrogação, que agora deve durar até meados de 2026. Na prática, o status aumenta o sistema de alerta e fiscalização nesses estados.
A monilíase é causada por um fungo que ataca o fruto do cacaueiro. Por isso, é um praga que pode afetar a produção de cacau, ou seja, com impacto comercial severo, podendo dizimar 100% dos frutos de uma área que não teve medidas de controle. Os esporos do fungo são as formas de disseminação da doença. O vento age como agente disseminador em distâncias curtas, por exemplo, dentro da própria lavoura. Já o transporte de frutos contaminados é considerado a principal forma de levar a doença para outras áreas.
Além do cacaueiro, esse fungo pode infectar o cupuaçuzeiro e outras árvores dos gêneros Theobroma e Herrania, que são comuns na região amazônica. No cacau, a infecção pode acontecer em qualquer período do fruto, que apresenta características como pequenos inchaços ou caroços na casca e manchas cor chocolate.

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