Economia
Dólar pode encerrar 2025 entre R$ 5,70 e R$ 6,00, projeta economista
Ex-secretário do Tesouro Nacional do Brasil, Mansueto Almeida, não descarta taxa de câmbio chegando a R$ 7,00; entenda!

Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com
06/05/2025 - 16:32

Para o agro, as taxas de câmbio e dólar são fundamentais: tanto para a compra de insumos e comercialização da produção, como para a tomada de crédito da próxima safra.
No mais recente boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta semana, o mercado financeiro revisou suas projeções e apontou uma taxa de câmbio de R$ 5,86 no encerramento de 2025, enquanto isso, a Selic — taxa básica de juros — deve chegar a 14,75% ao ano (a.a).
No painel “Cenários e perspectivas para economia brasileira na nova geopolítica”, durante evento promovido pelo Sistema CNA/Senar, em parceria com o Estadão e a Broadcast, em São Paulo, o economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional do Brasil, Mansueto Almeida, projetou câmbio e Selic.
Segundo Mansueto, considerando o atual cenário geopolítico mundial, a taxa de câmbio deve encerrar o ano entre R$ 5,70 e R$ 6,00. No entanto, ele não descartou maiores patamares. “Se houver alguma medida [do governo federal] que vá contra a política fiscal, o câmbio pode ir até R$ 7,00”, sinalizou.
Em relação à Selic, Mansueto afirmou trabalhar com um cenário base de juros indo a 15% a.a nos próximos meses. Porém, o economista ponderou que a taxa deve começar uma trajetória de queda, recuando para 12% no fim de 2025 ou início de 2026.

Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Economia
1
Tarifa: enquanto Brasil espera, café do Vietnã e Indonésia pode ser isento
2
COP 30, em Belém, proíbe açaí e prevê pouca carne vermelha
3
Exportações de café caem em julho, mas receita é recorde apesar de tarifaço dos EUA
4
Rios brasileiros podem ser ‘Mississipis’ do agro, dizem especialistas
5
Violência no campo: roubos e furtos de máquinas agrícolas crescem 37,5% no 1º semestre
6
Suco de laranja: apesar da isenção, setor ainda perde R$ 1,5 bilhão com tarifas

PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas

Economia
EUA aceitam consulta do Brasil na OMC, mas defendem tarifas por segurança
Washington alega que tarifas são legítimas por razões de segurança e não podem ser revistas no órgão

Economia
Colheita do milho safrinha atinge 86% da área no PR, aponta Deral
Operação entra em fase final em grande parte do Estado; lavouras afetadas por estiagem ou geadas tiveram baixo rendimento

Economia
Alta dos fertilizantes atrasa compras e encarece safra de soja
Segundo o IMEA, aquisição de fertilizantes em Mato Grosso já recuou 18% em 2025, o menor nível dos últimos seis anos

Economia
Indonésia abre mercado para carne bovina brasileira
Nova habilitação autoriza exportação de cortes com osso, miúdos e produtos cárneos ao país asiático
Economia
Funcafé libera R$ 31 milhões para produtores afetados por geadas
Valor é parte dos R$ 7,187 bilhões do Funcafé disponíveis para a safra 2025/26
Economia
Brasil fecha acordo para exportar ovinos vivos à Argélia
Agronegócio brasileiro soma 401 aberturas de mercado desde 2023
Economia
Conab: colheita de milho 2ª safra está atrasada ante 2024
Colheita chega a 89,3% da área, enquanto algodão e trigo seguem abaixo do ritmo histórico
Economia
Mercado pecuário exige equilíbrio entre venda e reposição; entenda
Consultoria Markestrat indica cenário favorável a negociações imediatas, mas alerta para atenção às margens de lucro