Economia

Descubra os benefícios do leite de búfala: nutrição, versatilidade e potencial de mercado

Leite de búfala é em média 45% mais produtivo na fabricação de produtos lácteos e ganha espaço entre alérgicos à proteína de leite de vaca

Na África, eles fazem parte dos Big Five. Na Índia, são responsáveis por mais da metade da produção de leite. Os búfalos são animais rústicos, fortes e dóceis – os domesticados. No Brasil, o animal é criado principalmente para a produção de leite de búfala, matéria-prima para alguns alimentos, como a famosa burrata. 

Nutritivo e versátil, o leite de búfala tem diferenças com o leite de vaca e pode ser uma opção para alérgicos e intolerantes à lactose. Veja os usos desse produto e como deve ser feito o manejo das búfalas para produção do leite. 

Quais as diferenças entre o leite de búfala e o leite de vaca?

Uma das diferenças principais é a presença de proteínas chamadas de beta-caseína. Isso porque o leite de vaca possui dois tipos dessa proteína, A1 e A2, enquanto o leite búfala possui apenas a beta-caseína A2. Esse pode ser um fator importante para o consumidor, já que uma parte da população tem alergia à proteína beta-caseína A1. Além disso, existem outras distinções.

O que fazer com o leite de búfala?

Assim como o leite de vaca, há uma série de produtos que podem ser feitos a partir do leite dos bubalinos. Alguns derivados são:

De onde vem o leite de búfala?

De acordo com Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), o Brasil possui aproximadamente três milhões de cabeças de búfalos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta dados menores, cerca de 1,5 milhão de cabeças em 2022, e indica que o estado com a maior concentração é o Pará, com mais de 600 mil animais.

No Brasil, quatro raças são as mais utilizadas para produção de leite e carne:

Como é o manejo de búfalos?

Os búfalos são animais resistentes e mais rústicos do que os bovinos. Sua pelagem preta, na maioria das raças, exige que eles vivam em locais sombreados para evitar a radiação solar intensa. Além disso, é recomendado que eles tenham água em abundância para beber. 

Outro ponto é o tratamento de doenças. É importante manter os cuidados sanitários com os animais, mesmo que eles sejam mais resistentes às infecções parasitárias e outras patologias. Além disso, os búfalos são suscetíveis a estacionalidade reprodutiva. Basicamente, são animais que têm um aumento da fertilidade com menos horas de luz do dia, ou seja, as fêmeas são mais férteis no outono e inverno, quando os dias são mais curtos. 

Já a ordenha pode ser feita de forma manual ou mecânica, sendo a mecânica a mais recomendada para criações em grande escala. As búfalas também costumam ser mais resistentes à mastite, uma doença comum em vacas produtoras de leite. 

Desafios e oportunidades do mercado

Entre os desafios da produção de leite de búfala no Brasil estão os custos de manejo, a necessidade de capacitação técnica dos produtores e o acesso limitado a mercados especializados. Porém, há também oportunidades com um interesse crescente por alimentos saudáveis e produtos diferenciados, como produtos lácteos para intolerantes à proteína beta-caseína A1.

A produção de leite de búfala também pode ser o caminho para agregar valor e alcançar mais rentabilidade, já que a oferta de queijos à base de leite de búfala ainda é pequena. Com a valorização dos produtos artesanais e gourmet, o mercado de leite de búfala tem potencial para continuar crescendo de forma significativa.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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