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Economia

Quer saber como cultivar o grão de ouro dos Andes?

A quinoa se firma como cultura de alto valor e baixa risco para diversificar a renda do produtor rural

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Redação Agro Estadão*

16/06/2025 - 08:30

Foto: Adobe Stock
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Existe um pseudocereal conhecido como o “grão de ouro dos Andes” que é rico em proteínas e aminoácidos essenciais e tem despertado o interesse de produtores rurais em várias regiões do país, incluindo o Cerrado, Nordeste e Sul. É a quinoa!

De acordo com o relatório da Mordor Intelligence, o mercado de sementes de quinoa é estimado em US$ 1,42 bilhão em 2025 e deve atingir US$ 2,30 bilhões até 2030, com um CAGR de 10,16% durante o período previsto (2025-2030).

Por que a quinoa é uma excelente opção para o produtor rural?

A quinoa se destaca como uma cultura de alto valor agregado, oferecendo boa rentabilidade aos produtores. Sua resistência a estresses ambientais, como seca e solos marginais, reduz significativamente os riscos de produção. 

Adicionalmente, a quinoa apresenta potencial para consórcio com outras culturas, otimizando o uso da terra e aumentando a eficiência da produção. 

Para agricultores interessados em práticas sustentáveis, a quinoa é uma excelente opção para a agricultura orgânica, o que pode agregar ainda mais valor ao produto final no mercado.

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O que o produtor rural precisa saber antes de cultivar quinoa?

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Escolha da variedade de quinoa e adaptação ao clima

A seleção da variedade de quinoa mais adequada é fundamental para o sucesso do cultivo. Os produtores devem considerar fatores como o ciclo de vida da planta, resistência a pragas e doenças, e adaptação às condições locais de solo e clima. 

A Embrapa lançou a cultivar BRS Piabiru, a primeira recomendada para o cultivo granífero no Brasil, adaptada às condições do Cerrado.

É importante ressaltar que existem variedades de quinoa adaptadas a diferentes altitudes e temperaturas, permitindo seu cultivo em diversas regiões do país. A “quinoa tropical” brasileira, por exemplo, tem mostrado bons resultados e já está chegando ao mercado externo.

Preparo do solo para o cultivo de quinoa

O preparo adequado do solo é essencial para o cultivo bem-sucedido da quinoa. O solo deve ter boa drenagem e ser rico em nutrientes. Antes do plantio, é importante realizar uma análise de solo para determinar a necessidade de correção de acidez e adição de nutrientes.

A incorporação de matéria orgânica é altamente recomendada, pois melhora a estrutura do solo e sua capacidade de retenção de água. Estas práticas contribuem significativamente para o desenvolvimento saudável das plantas de quinoa.

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Semeadura da quinoa

A semeadura da quinoa requer atenção especial devido ao tamanho pequeno de suas sementes. A profundidade ideal de plantio é de 1 a 2 centímetros, com espaçamento entre linhas de 40 a 50 centímetros. A semeadura direta é geralmente preferida, pois reduz o estresse das plantas e economiza tempo e recursos.

As condições ideais para germinação incluem solo úmido e temperaturas entre 15°C e 20°C. É importante proteger as sementes de pássaros e outras aves que possam se alimentar delas.

Manejo da irrigação e nutrição da quinoa

O manejo eficiente da irrigação é fundamental para o cultivo da quinoa. Embora seja resistente à seca, a planta necessita de água adequada, especialmente durante a germinação e o enchimento de grãos. A irrigação deve ser moderada, evitando o encharcamento do solo.

Quanto à nutrição, a quinoa responde bem à adubação equilibrada. A aplicação de fertilizantes deve ser baseada na análise de solo, com atenção especial ao nitrogênio, fósforo e potássio. 

A adubação orgânica pode ser uma excelente opção, especialmente para produtores que visam o mercado de produtos orgânicos.

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Controle de pragas e doenças na plantação de quinoa

O controle de pragas e doenças na quinoa deve priorizar métodos sustentáveis e orgânicos. A rotação de culturas é uma estratégia preventiva eficaz, reduzindo a incidência de pragas e doenças específicas da cultura.

Entre as principais pragas que podem afetar a quinoa no Brasil, estão os pulgões e lagartas. Para o controle, recomenda-se o monitoramento constante da lavoura e, quando necessário, o uso de métodos de controle biológico ou produtos fitossanitários registrados para a cultura.

Colheita e pós-colheita da quinoa

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O momento ideal da colheita da quinoa

A colheita da quinoa deve ser realizada quando as plantas atingem a maturidade fisiológica. Os sinais visuais incluem o amarelecimento das folhas e o endurecimento dos grãos. O teor de umidade ideal dos grãos para colheita é de aproximadamente 20%.

A colheita no momento certo é crucial para evitar perdas por debulha natural e garantir a qualidade dos grãos. Em pequenas áreas, a colheita manual é viável, enquanto, em áreas maiores, pode-se adaptar colheitadeiras de cereais para a quinoa.

Processamento e armazenamento da quinoa

Após a colheita, os grãos de quinoa passam por um processo de secagem até atingirem umidade de 12%-13%. Em seguida, realiza-se a trilha para separar os grãos das panículas, seguida de limpeza para remover impurezas.

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O armazenamento adequado é fundamental para preservar a qualidade da quinoa. Os grãos devem ser armazenados em locais secos, frescos e bem ventilados, protegidos de umidade e pragas. 

O uso de silos ou armazéns adequados pode garantir a manutenção da qualidade dos grãos por períodos mais longos.

Mercado e comercialização da quinoa no Brasil

O mercado da quinoa no Brasil está em expansão, com oportunidades tanto no mercado interno quanto para exportação. 

Os produtores podem explorar diferentes canais de comercialização, como venda direta ao consumidor, fornecimento para cooperativas, indústrias alimentícias e mercados especializados em produtos saudáveis e orgânicos.

Para agregar valor à produção, os agricultores podem considerar o processamento da quinoa em produtos como farinha, flocos ou alimentos prontos. A certificação orgânica pode ser um diferencial importante, abrindo portas para mercados premium e aumentando a rentabilidade.

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O estabelecimento de parcerias com indústrias alimentícias e redes de varejo pode garantir uma demanda constante e preços mais estáveis. 

Ademais, a participação em feiras e eventos do setor agrícola pode ajudar os produtores a expandir sua rede de contatos e identificar novas oportunidades de mercado.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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