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Economia

Comitiva japonesa visita órgãos do sistema sanitário brasileiro 

De acordo com a Abiec, o interesse japonês está centrado em categorias específicas de carne bovina, como a Wagyu

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Paloma Santos | Brasília

12/06/2025 - 12:16

Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Termina nesta sexta, 13, a visita da comitiva técnica do Japão que veio ao Brasil conhecer o sistema sanitário agropecuário nacional. A missão começou, na segunda, 9, com uma reunião no Ministério da Agricultura, em Brasília (DF). Nesta quinta, 12, os japoneses estão no Paraná, em uma Unidade da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em Cascavel. Amanhã, vão para Curitiba. 

Ao longo da semana, a programação da comitiva japonesa incluiu visitas à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola Santa Catarina (Cidasc) e unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). Até o momento, não há informações sobre visitas a frigoríficos.

A missão da comitiva japonesa faz parte de um processo de avaliação do Brasil após o reconhecimento, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), como país livre de febre aftosa sem vacinação. Os técnicos japoneses devem visitar também estabelecimentos com o Selo de Inspeção Federal (SIF) no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, além de postos de controle em fronteiras. Com base nessa auditoria, o Japão poderá autorizar o Brasil a operar no modelo de pré-listing, o que facilitaria a exportação para todo o território japonês.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o interesse japonês está centrado em categorias específicas de carne bovina. Apesar da produção interna da valorizada carne Wagyu, o Japão é um grande importador de proteínas mais acessíveis para abastecer o mercado de food service. A expectativa é de que o país asiático absorva cortes do dianteiro, miúdos bovinos — muito apreciados na culinária local — e, futuramente, carne com osso, dependendo da evolução das negociações.

Mesmo antes da certificação da OMSA, as tratativas com o Japão já estavam em estágio avançado. Segundo a Abiec, a entidade sempre considerou o mercado japonês prioritário e vinha trabalhando para superar entraves técnicos. “Com o novo status sanitário reconhecido, o setor projeta uma liberação mais ágil, com possíveis habilitações ainda em 2025”, informou a Abiec.

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Ainda conforme a associação, atualmente, o Brasil exporta carne bovina para 155 países e mantém negociações com importantes mercados em busca de novos acessos ou expansão. Além do Japão, há tratativas com Coreia do Sul, México, China, Indonésia, Filipinas, Canadá e União Europeia — com foco em miúdos, carne com osso e novos protocolos de habilitação, como o pré-listing, que pode garantir maior agilidade e competitividade ao produto brasileiro.

Exportações

No ano passado, o Brasil bateu recorde em exportações de carne bovina. Foram ao todo 2,89 milhões de toneladas, num incremento de mais de 26% em relação a 2023. O volume exportado movimentou US$ 12,8 bilhões. Para 2025, a expectativa da Abiec é um crescimento de 12%, tanto em volume quanto em faturamento, superando a marca de 3,2 milhões de toneladas exportadas e alcançando US$ 14,4 bilhões em vendas.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), só em maio deste ano, o país embarcou 250,8 mil toneladas, volume 4,3% superior ao registrado no mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a maio, os embarques somam 1,2 milhão de toneladas, avanço de 11,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse desempenho gerou, até agora, uma receita superior a US$ 5,8 bilhões.

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