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Economia

Clima faz preço de alimentos oscilar para cima e deixa frutas e hortaliças mais caras, aponta Conab

Alface, cebola, tomate e banana registraram as maiores altas de preços em fevereiro

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Da Redação

20/03/2024 - 12:14

Foto: Adobe Stock
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quarta, 20, o 3º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort). O levantamento leva em consideração os preços de frutas e hortaliças comercializados nos principais mercados atacadistas do país, em fevereiro. De acordo com a companhia, as condições climáticas favoreceram o aumento dos preços desses produtos. 

Entre as hortaliças, a Conab aponta que alface, batata, cebola e tomate tiveram altas significativas em relação a janeiro de 2024. Já as frutas que tiveram elevações foram banana, laranja e maçã.

CONTEÚDO PATROCINADO

Confira o comportamento dos preços desses alimentos:

  • Alface: os valores cobrados pela hortaliça chegaram a subir 40,23% em média. Só no Ceasgesp, em São Paulo, a folhosa quase dobrou de preço (+81,70%) em relação a janeiro. 
  • Batata: o tubérculo manteve a tendência de alta dos preços observada também em meses anteriores, sendo o quinto mês consecutivo de alta. Em média, o preço subiu 1,51% em fevereiro. Na comparação entre janeiro de 2024 e dezembro de 2023, a alta foi de 3,5%. Essa desaceleração da elevação do preço foi causada por uma oferta maior.
  • Cebola: em média, a alta foi de 23,62% em relação a janeiro. Segundo o boletim, essa alta é provocada por “uma redução na oferta, de 4,4% em relação a janeiro, por uma melhora na qualidade do bulbo no mercado, inclusive da cebola importada, que puxa os preços para cima e, também, da concentração da oferta no sul do país, notadamente em Santa Catarina”. 
  • Tomate: o tempo mais quente em janeiro provocou uma aceleração da maturação dos frutos, o que aumentou a oferta naquele mês e por consequência diminuiu a oferta em fevereiro. Em relação ao primeiro mês do ano, o tomate teve uma alta de 11,50% em média. 
  • Cenoura: registrou queda de 10,34% em comparação a janeiro. O motivo foi um aumento da oferta em 1,8% em fevereiro. Apesar da redução dos preços, a Conab aponta que esses valores ainda continuam em patamares elevados. 
  • Banana: a elevação nos preços da banana nanica foi causado por vendavais e chuvas que prejudicaram os bananais do norte de Santa Catarina ao Vale do Ribeira (SP), principais regiões produtoras. Já a banana prata está em período de entressafra. Em média, a fruta ficou 20,41% mais cara em fevereiro. 
  • Laranja: o cenário para a fruta foi de alta nos preços, em média 8,93% acima dos preços de janeiro. Os motivos apontados são a pouca disponibilidade da fruta e a alta demanda provocada pelo calor. A previsão é de que as chuvas de março ajudem na florada dos pomares de sequeiro.
  • Maçã: a alta registrada ficou em 1,44%. A colheita da variedade gala foi intensificada, mas teve atrasos provocados pelas chuvas no mês. As mesmas chuvas também aumentaram a incidência de doenças fúngicas, o que eleva o custo de produção. Além disso, com a colheita da variedade gala, muitas frutas foram armazenadas em câmaras frias e as empresas intermediadoras foram oferecendo ao consumidor de forma a regular os preços e manter em patamares elevados. 
  • Mamão: a fruta teve queda de 3,77% em média. As chuvas intensas aliadas ao calor favoreceram o amadurecimento rápido do mamão no sul baiano e norte capixaba, o que aumentou a oferta na primeira metade de fevereiro. Além disso, a busca pela fruta era baixa. A segunda metade do mês foi marcada por uma diminuição gradual da oferta e uma leve melhora na demanda. 
  • Melancia: a Conab também verificou queda nos preços da melancia de 10,18% em média. Essa redução foi provocada por chuvas mais acentuadas a partir da segunda metade do mês que melhoraram a produtividade e consequentemente a oferta. 

Valores das exportações superam período anterior

O levantamento da Conab também aponta que as exportações de frutas em janeiro e fevereiro somaram US$ 176,9 milhões, uma alta de 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os volumes enviados ao exterior foram de 156,3 milhões de toneladas.

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