A manga lidera as exportações, mas tâmara e mangostão foram as frutas com maior crescimento em volume e receita
As vendas internacionais de frutas brasileiras cresceram 3,9% em 2024 na comparação com o ano anterior. Foram US$ 1,287 bilhão comercializados no ano passado. Quanto ao volume embarcado, houve um ligeiro recuo de 0,85%, saindo de 1,08 milhão de toneladas em 2023 para 1,07 milhão de toneladas em 2024.
Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram analisados e divulgados nesta quarta-feira, 15, pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). As principais frutas comercializadas para o estrangeiro em valores foram:
Entre os destaques de alta, as tâmaras e os mangostões foram as frutas com maior crescimento, tanto em receita (615,62% e 383,86%, respectivamente) como em volume exportado (2.510% e 184,73%, respectivamente). Cocos e goiabas também ampliaram o faturamento (59,45% e 30,39%, respectivamente) e o volume (32,42% e 24,41%, respectivamente).
As maçãs, laranjas e pêssegos registraram as principais quedas nas exportações brasileiras no ano passado. O maior recuo foi para as vendas de laranjas (-75,50%), que somou 626,2 mil toneladas embarcadas. A receita foi de US$ 654 milhões (-45,55%).
No caso da maçã, o Brasil exportou 39,72% a menos, o que gerou uma receita 68,63% menor, saindo de US$ 30,6 milhões em 2023 para US$ 9,6 milhões. O pêssego caiu 38,54% em volume e 39,72% em faturamento.
Países Baixos, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos lideraram as compras das frutas brasileiras. Segundo a Abrafrutas, um dos objetivos para este ano é aumentar as exportações para esses mercados consolidados, mas também ampliar em novos, como é o caso da Ásia e África.
“A fruticultura brasileira vive um momento de expansão, e o aumento nas exportações em 2024 comprova o trabalho árduo dos nossos produtores e a capacidade do Brasil de atender às exigências internacionais. Estamos confiantes de que 2025 será um ano com mais oportunidades e avanços para o setor”, destacou o presidente da associação, Guilherme Coelho.