Anec: guerra comercial entre EUA e China pode favorecer exportação brasileira de soja | Agro Estadão
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Anec: guerra comercial entre EUA e China pode favorecer exportação brasileira de soja

Segundo a entidade, os impactos sobre os preços internacionais das principais commodities já começam a ter reflexos no mercado mundial

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Broadcast Agro

10/04/2025 - 11:13

Foto: Adobe Stock
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As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos de diversos países devem redesenhar o cenário global do comércio agrícola, com potenciais benefícios para as exportações brasileiras de soja, conforme avaliação da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) em seu informativo mensal.

Segundo a entidade, embora ainda seja prematuro concluir com precisão os desdobramentos dessas medidas protecionistas e como outros países responderão, os impactos sobre os preços internacionais das principais commodities já começam a ser sentidos no mercado mundial.

A pressão sobre as margens de esmagamento de soja das indústrias chinesas tende a alterar a dinâmica de importação do país asiático. “À medida que essas margens são pressionadas negativamente, a China tende a desacelerar o ritmo das importações e a recorrer aos estoques internos, comportamento observado em períodos de guerra comercial anteriores”, destaca o relatório da Anec.

Apesar desse cenário, a demanda chinesa por soja permanece sólida, e a avaliação da entidade é que deverá haver preferência pelo produto brasileiro, que poderá se tornar mais competitivo e impulsionar as exportações nacionais. Atualmente, a China responde por 77% das exportações brasileiras de soja, que totalizaram 15,7 milhões de toneladas apenas em março.

O informativo ressalta que as projeções para 2025 indicam um potencial de exportação de até 110 milhões de toneladas de soja, o que representaria um recorde histórico para o País. No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o Brasil já registrou embarques de 26,575 milhões de toneladas, aumento de 4% sobre o mesmo período do ano anterior.

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A Anec alerta, entretanto, que o setor agrícola brasileiro continua altamente dependente da importação de insumos, como fertilizantes, defensivos agrícolas e maquinário. “Caso as tensões comerciais afetem as cadeias globais de suprimento, os custos desses insumos podem aumentar substancialmente, comprometendo a competitividade”, pondera a associação.

Como contraponto às possíveis dificuldades, o informativo destaca que o recente acordo entre o Mercosul e a União Europeia pode abrir novas oportunidades comerciais para o Brasil. “Nosso País tem forte potencial para ampliar sua presença em novos mercados. Nesse contexto, é fundamental explorar as oportunidades decorrentes do acordo, diversificar o portfólio de exportação e ampliar a gama de mercados de destino”, conclui o documento.

O cenário de guerra comercial ocorre em um momento favorável para a produção brasileira de grãos. A safra 2024/25 de soja tem potencial para atingir 172 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), enquanto a colheita já alcançou 85,3% da área plantada até a primeira semana de abril, superando a média dos últimos cinco anos para o mesmo período.

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