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Economia

Agroindústria cresce 1,6% no 1º trimestre, aponta estudo da FGVAgro

Alta foi puxada por produtos não alimentícios; insumos agropecuários registram melhor março da série histórica

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Redação Agro Estadão

29/05/2025 - 17:39

Setor de bebidas e produtos alimentícios teve recuo de 0,1% no trimestre - Foto: Adobe Stock
Setor de bebidas e produtos alimentícios teve recuo de 0,1% no trimestre - Foto: Adobe Stock

A produção da agroindústria brasileira registrou crescimento de 1,6% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGVAgro) divulgado nesta semana. O desempenho foi impulsionado, principalmente, pelo setor de produtos não alimentícios, que apresentou alta de 4,1% no período.

Na análise mensal, o setor registrou aumento de 3,6% em março frente ao mesmo mês do ano anterior. Entre os destaques, está o segmento de insumos agropecuários, que cresceu 39,6% em março, configurando o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica, em 2003. Confira aqui o documento completo.

Segundo o levantamento, “a redução dos preços dos nitrogenados e a razoável relação de troca para diversas culturas mantêm a demanda aquecida por esses produtos”. O crescimento do segmento também foi impulsionado pelo aumento na produção de defensivos agrícolas, tratores, máquinas, adubos e fertilizantes.

Por outro lado, o setor de produtos alimentícios e bebidas registrou recuo de 0,1% no trimestre, com variações negativas mais intensas observadas em março nos segmentos de bebidas alcoólicas (-1,7%), biocombustíveis (-18,6%) e fumo (-10,9%).

O estudo destaca, ainda, que o setor de insumos agropecuários acumula nove meses consecutivos de crescimento, após um período de retração prolongada. Segundo a publicação, esse comportamento indica uma retomada consistente da demanda no setor produtivo primário.

A Fundação alerta, no entanto, para os riscos que podem afetar o desempenho da agroindústria nos próximos meses. “O principal ponto a ser observado será a capacidade da agroindústria manter esse ritmo de crescimento frente às turbulências no mercado internacional e à desaceleração da economia brasileira”, aponta o relatório.

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