Economia
Abate de bovinos cresce 24,6% e bate novo recorde
Foram abatidas 9,3 milhões de cabeças de gado no primeiro trimestre; já os abates de suínos e aves recuaram no período
Sabrina Nascimento
06/06/2024 - 11:16
O abate de bovinos subiu 24,6% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. Foram abatidas 9,30 milhões de cabeças sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. O resultado indica um novo recorde na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1997.
Janeiro destacou-se como o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 3,15 milhões de cabeças, uma variação positiva de 23,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Na comparação com o quarto trimestre do último ano, o crescimento foi de 1,6%.
O aumento no abate de bovinos foi impulsionado por incrementos em 23 dos 27 estados, com os maiores aumentos ocorrendo em:
- Mato Grosso (+420,07 mil cabeças)
- Goiás (+263,41 mil cabeças)
- São Paulo (+219,41 mil cabeças)
Em contrapartida, a variação negativa mais expressiva foi no Rio Grande do Sul (-34,41 mil cabeças).
Mato Grosso, estado com maior rebanho bovino nacional, continua liderando o abate, com 18,3% da participação total, seguido por Goiás (10,8%) e São Paulo (10,0%).
Abate de suínos e aves teve desempenho diferente
Suínos – o abate de suínos teve uma leve queda de 1,6% em relação aos primeiros três meses do ano passado, totalizando 13,95 milhões de cabeças. De acordo com o IBGE, este declínio foi impulsionado por reduções em 15 das 24 Unidades Federativas participantes da pesquisa. As quedas mais significativas ocorreram em Minas Gerais (-179,32 mil cabeças) e no Rio Grande do Sul (-85,35 mil cabeças).
Santa Catarina lidera o abate de suínos, com 29,8% da participação nacional, seguido por Paraná (22,3%) e Rio Grande do Sul (17,1%).
Aves – o abate de frangos também registrou uma queda de 1,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023, com um total de 1,59 bilhão de cabeças abatidas. A redução foi determinada pela queda no abate em 13 das 25 Unidades Federativas participantes da pesquisa, sendo o Rio Grande do Sul o mais afetado (-21,52 milhões de cabeças). No entanto, o total de abate de frangos aumentou 4,0% em comparação com o quarto trimestre do ano passado.
O Paraná continua a liderar amplamente o abate de frangos, com 34,6% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,6%) e Rio Grande do Sul (11,9%).
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