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Cotações

Safra dos EUA pode frear queda no preço do milho, indica Markestrat

Já no mercado de soja, consultoria vê possíveis janelas de alta nos contratos futuros de setembro e outubro, podendo oferecer boas oportunidades

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Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com

03/06/2025 - 13:30

Foto: Adobe Stock
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O mercado de milho continua pressionado. No acumulado de maio, o preço da saca de 60 quilos registrou queda de 13,68%, no indicador Cepea, base Campinas. Houve ainda recuo nos contratos futuros, com baixas acumuladas entre 6,77% e 3,98%. A pressão no mercado vem principalmente do avanço da colheita da primeira safra brasileira e da expectativa de uma safra recorde no país, o que amplia a oferta e derruba as cotações.

Porém, segundo a consultoria Markestrat, alguns sinais vindos da safra dos Estados Unidos podem contribuir para uma inversão deste cenário de preços. O dado principal é em relação à qualidade das lavouras de milho norte-americanas. O relatório mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou 68% do milho com uma qualidade boa ou excelente — número abaixo da média histórica de 72% para este período.

Apesar dessa frustração com a qualidade das lavouras americanas, o dado não gerou, até agora, impacto positivo imediato nos preços. Ainda assim, a Markestrat alerta que, logo mais, o mercado pode começar a precificar o risco associado a possíveis quebras na safra dos Estados Unidos. “É possível que estejamos próximos de uma inflexão na curva de preços, que podem voltar a subir, dependendo dos próximos relatórios do USDA”, destaca a consultoria.

Por ora, no entanto, o cereal segue sem força para uma reação no curto prazo. Diante desse ambiente de alta volatilidade, a recomendação da Markestrat ao produtor brasileiro é seguir adotando estratégias de preço médio nas vendas, como ferramenta para diluir riscos e proteger a rentabilidade.

Soja

Apesar de uma leve valorização nos contratos futuros ao longo de maio, os preços da soja voltaram a ceder na última semana. O mercado sente os efeitos da maior pressão de oferta. 

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Além dos fundamentos de oferta e demanda, o mercado segue atento às expectativas em relação à safra dos Estados Unidos, que começa a ganhar ritmo e pode influenciar os preços nos próximos meses. Pautas políticas também repercutiram na última semana, em especial o pedido bilionário de indenização feito pela Aprosoja-MT, que “gerou discussões no setor e trouxe mais incertezas momentâneas ao ambiente de negócios”, destaca a Markestrat.

Diante desse quadro, a consultoria recomenda cautela nas negociações no mercado à vista e atenção redobrada às possíveis janelas de alta nos contratos futuros, especialmente nos vencimentos de setembro e novembro, que podem oferecer oportunidades de melhores preços.

Pecuária

O mercado de boi gordo registrou uma leve recuperação na semana, com valorização de 0,94% no físico e em todos os contratos futuros. O movimento reflete uma melhora gradual na demanda, de acordo com a Markestrat.

Entre os destaques, está a confirmação do status do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal. A expectativa é de que esse reconhecimento traga ganhos no médio prazo, especialmente com oportunidades para ampliar as exportações de carne bovina para mercados mais exigentes.

Por outro lado, o mercado de reposição continua demonstrando cautela. O preço do bezerro recuou 1,16% na semana, sinalizando que o pecuarista ainda adota uma postura mais defensiva na formação de novos lotes, reflexo de margens apertadas e incertezas no curto prazo.

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Diante desse cenário, a Markestrat recomenda que o produtor aproveite a atual janela de recuperação do boi gordo para renegociar contratos ou planejar vendas escalonadas, especialmente nas regiões com maior base exportadora, que tendem a se beneficiar mais rapidamente das melhorias no mercado internacional.

Algodão

O mercado de algodão apresenta estabilidade nos preços físicos, com uma leve alta semanal de 0,58%, segundo análise da Markestrat. Apesar desse pequeno avanço no disponível, os contratos futuros seguem pressionados, refletindo um cenário de menor otimismo no médio e longo prazo.

A colheita já começou em três estados produtores, com atenção especial para o Mato Grosso, onde o monitoramento da umidade do algodão tem sido um ponto relevante. “Esse avanço da colheita gera uma pressão típica de curto prazo sobre os preços, o que limita movimentos mais expressivos de alta no mercado”, dizem os especialistas.

Diante desse cenário, a consultoria avalia haver boas oportunidades para comercialização no mercado físico, aproveitando os atuais patamares e a estabilidade observada. Por outro lado, os contratos futuros não apresentam, no momento, condições atrativas, diante de um movimento baixista e preços considerados pouco competitivos para os produtores.

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