Dólar cotado a R$ 5,51 acende alerta no agro
Dólar alto, disparada do frete e outros fatores devem impactar o custo de aquisição no Brasil em até 44%
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26/06/2024 | 14:59
Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
O dólar americano foi cotado a R$ 5,51 na tarde desta quarta-feira, 26, e isso não é nada bom para o agronegócio. A análise é do sócio-diretor da Markestrat, José Carlos de Lima Júnior.
O principal motivo para a preocupação é que a importação é precificada pelo dólar. “Logo, inflação na veia”, diz o analista. “De tabela, os Bancos Centrais terão receio em reduzir as atuais taxas de juros. Portanto, o crédito deverá se manter elevado”, avalia Lima Júnior.
Pensando nas exportações, o dólar alto valoriza as commodities, mas reduz o retorno do investimento por área produzida, de acordo com a análise. Portanto, enquanto a receita aumenta, o lucro de quem produziu acaba diminuindo – em tese.
Detalhe “perverso” pouco observado
Segundo o analista da Markestrat, o frete por contêiner de 40 pés custava US$ 1.170,00/FEU em março. Hoje, o mesmo frete disparou para US$ 10.000,00/FEU. “A disparada do frete marítimo por contêineres é consequência dos ataques no Mar Vermelho, que aumentaram”, afirma.
Portanto, nesse momento a combinação dólar alto + disparada do frete+ manutenção da margem do importador vendedor deve impactar fortemente no custo de aquisição no Brasil. Na avaliação de Lima Júnior, esse custo deve aumentar até 44%, dependendo do produto.
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