Cotações
Açúcar e etanol fecham setembro com preços em alta
Enquanto adoçante foi favorecido pela baixa disponibilidade, competitividade do biocombustível frente à gasolina impulsiona as cotações
1 minuto de leitura 01/10/2024 - 08:58
Rafael Bruno | São Paulo | rafael.bruno@estadao.com
Com novas altas na última semana de setembro, os preços do açúcar cristal branco voltaram aos patamares de abril, início oficial da safra 2024/25. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), entre 23 e 27 de setembro, a média da saca de 50 quilos do adoçante (cor Icumsa de 130 a 180) foi de R$ 145,14, aumento de 2,32% em relação à semana anterior.
Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte aos preços do cristal no mercado paulista se deve à restrição de oferta por parte das usinas do estado. “Boa parte do açúcar já foi contratada pela indústria doméstica e/ou está destinada à exportação”, comentam pesquisadores do Centro de Estudos.
Além disso, eles explicam que, diante da queda da produtividade nas lavouras resultante de longo período de seca, representantes de vendas das usinas limitaram ainda mais a disponibilidade do produto para negociações na pronta-entrega.
Etanol: preços se sustentam apesar de baixa liquidez
Assim como o açúcar, o etanol também teve preços firmes no spot paulista na última semana de setembro, segundo indicadores do Cepea.
Na média semanal, o litro do hidratado fechou o período negociado a R$ 2,47 (livre de ICMS e PIS/Cofins), alta de 2,28% frente à semana anterior. Para o anidro, a média foi de R$ 2,77 por litro (livre de PIS/Cofins), pequena elevação de 0,24%.
Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte aos preços no segmento produtor segue vindo da sequência de boa vantagem comparativa do biocombustível frente à gasolina C na ponta varejista nos principais estados consumidores.
Conforme acompanhamento do Cepea, de modo geral, o ritmo de negócios envolvendo o etanol hidratado foi reduzido ao longo da semana passada.
“Compradores mostraram menor interesse em meio às aquisições feitas anteriormente e às desvalorizações externas do petróleo. Do lado vendedor, algumas unidades produtoras ainda tiveram necessidade de escoar o etanol, por conta dos estoques, enquanto outras usinas ficaram fora do spot”, explicam os pesquisadores.
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