Segundo a Fetag, metade das 350 mil propriedades da agricultura familiar foram afetadas pelas enchentes no RS
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetag) está pedindo ao Governo Federal para anistiar todas as parcelas de financiamentos deste ano e prorrogar o restante das dívidas para 15 anos, sendo 3 anos de carência. Nesta semana, foi confirmada a prorrogação dos pagamentos de contratos de crédito para o dia 15 de agosto de 2024.
O presidente da entidade diz que 50% das pequenas propriedades rurais ou foram totalmente destruídas, ou tiveram graves problemas. “Tem muitos lugares que não conseguimos chegar ainda para ver o estrago que tem. Das 350 mil propriedades da agricultura familiar, metade foi fortemente afetada, com prejuízos muito grandes”, explica Carlos Joel da Silva.
Os R$ 600 milhões prometidos pelo Governo Federal como subsídios para zerar os juros na contratação de empréstimos não são suficientes, na opinião da Fetag, que calcula um valor três vezes maior como necessário, cerca de R$ 1,5 bi.
As demandas foram apresentadas ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em reunião online na manhã desta terça-feira, 14. No Rio Grande do Sul, cerca de 700 mil pessoas vivem da agricultura familiar, especialmente nas atividades de produção de leite e hortifruti.
“Estamos discutindo a compra de milho para os animais e recursos para assistência técnica, e a criação de um fundo de aval para que os agricultores possam buscar crédito, porque muitos não têm mais patrimônio para dar como garantia”, explica o presidente da Fetag.