Agricultura

Soja: plantio da safra 2025/26 no Brasil é o terceiro mais rápido da história

Paraná lidera os trabalhos de campo, porém, o excesso de umidade leva preocupação aos agricultores da região oeste

As plantadeiras estão avançando pelo interior do Brasil, garantindo à safra 2025/26 de soja, até agora, o posto de terceiro plantio mais acelerado da série histórica. O ritmo de semeadura está atrás somente dos ciclos 2018/19 e 2023/24. 

Levantamento da AgRural mostra que até a última semana, 14% da área estimada estava semeada. O índice representa um avanço frente aos 9% verificados na semana anterior e em comparação com os 8% registrados há um ano. 

Apesar do cenário de chuvas ainda irregulares, Mato Grosso apresentou um avanço melhor que o esperado durante a última semana. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que a semeadura desta safra de soja atingiu 21,22% da área prevista — avanço em comparação com os 15,03% de uma semana antes. Os trabalhos também estão adiantados em comparação com igual período do ciclo 2024/25, quando 8,81% da área havia sido plantada. Há um avanço ainda em relação à média dos últimos cinco anos (17,17%).

Mesmo assim, quem continuou puxando o ritmo do Brasil, segundo a AgRural, foi o Paraná. Desde o início da safra, o Estado conta com clima favorável, garantido, até aqui, o plantio mais acelerado de sua série histórica: 40,4% da área projetada semeada. No mesmo período do ano passado, o índice era de 36,3%, enquanto a média das últimas cinco safras é de 23,8%. 

Segundo Adriano Gomes, analista da AgRural, o Paraná recebeu boas chuvas durante o fim de semana. Entretanto, apesar da umidade ser bem-vinda, o cenário preocupa os produtores da região oeste do Estado. “Por lá, o plantio está na reta final, mas o excesso de umidade e os dias nublados, podem deixar as plantas com raiz superficial e atrapalhar o desenvolvimento inicial”, disse ao Agro Estadão. 

Milho verão

O plantio do milho verão 2025/26, por sua vez, chegou na última semana a 45% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, contra 40% uma semana antes e 41% no mesmo período do ano passado. Conforme a AgRural, as chuvas ditam o ritmo da semeadura. No Sul, o excesso de umidade atrapalha a finalização dos trabalhos em algumas áreas. Já no Sudeste e no Centro-Oeste do País, que têm calendário mais tardio, o solo ainda muito seco deixa lento o início da semeadura. 

*com informações do Broadcast Agro