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Agricultura

Conab e BNDES lançam programa voltado a sociobieconomia na Amazônia

Iniciativa vai selecionar ao menos 32 projetos ligados à organizações de agricultores familiares, extrativistas e de comunidades tradicionais

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Redação Agro Estadão

09/12/2025 - 17:16

Amazônia Viva vai incentivar que produtos da sociobieconomia da Amazônia | Foto: Embrapa/Divulgação
Amazônia Viva vai incentivar que produtos da sociobieconomia da Amazônia | Foto: Embrapa/Divulgação

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram o programa Florestas e Comunidades: Amazônia Viva. A iniciativa vai destinar R$ 96,6 milhões do Fundo Amazônia para incentivar que produtos da sociobieconomia da Amazônia ampliem o acesso a mercados consumidores. 

“Este programa permitirá mostrar à sociedade a viabilidade do desenvolvimento econômico da região a partir da exploração da biodiversidade da floresta. Toda essa rica produção ganhará escala, ampliando a renda dos que vivem da floresta e contribuindo para a manutenção do meio ambiente”, disse em nota o presidente da Conab, Edegar Pretto. O lançamento foi feito nesta terça-feira, 9, na sede da companhia, em Brasília (DF).

CONTEÚDO PATROCINADO

Segundo o banco e a estatal, a ideia é que R$ 80 milhões sejam destinados a projetos que serão selecionados através de um chamamento público. O limite de aporte por projeto é de R$ 2,5 milhões, ou seja, pelo menos 32 propostas serão escolhidas. A iniciativas devem ser apresentadas por organizações, como cooperativas e associações, e a Conab vai promover oficinas para orientar na elaboração das propostas.

A intenção é melhorar a infraestrutura de processamento, armazenamento e logística dos produtores e extrativistas da região Amazônica. Podem ser financiados equipamentos, instalações e serviços como veículos e embarcações de transporte de mercadorias, silos, soluções para geração de energia, consultorias e assessorias técnicas.

“Esse projeto vai nos ajudar a chegar na ponta, nas comunidades tradicionais – quilombolas, extrativistas, povos indígenas – que vão poder ofertar produtos não só para a rede pública, mas também para o mercado. E uma outra agenda, que vai nos ajudar a dar um salto de qualidade, é viabilizar uma plataforma para, de forma profissional e organizada, ter todos os dados da sociobiodiversidade da região”, comentou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

Outros R$ 16,6 milhões serão empregados no desenvolvimento de sistemas de informação dedicados a dados da sociobieconomia. Também haverá aplicação na estrutura da sede e das superintendências da Conab na região Amazônica. No caso das unidades regionais, os investimentos serão na infraestrutura de tecnologia da informação e na aquisição de veículos. Já na sede, em Brasília, os recursos serão para a operacionalização dos sistemas de informação. 

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