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Agricultura

Um algodão que é praga? Saiba como eliminar

O "algodão de seda" é uma espécie invasora que se espalha rapidamente, ameaçando lavouras e pastagens brasileiras

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Redação Agro Estadão*

10/10/2025 - 05:00

Foto: Adobe Stock
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O “algodão de seda” tem se tornado um desafio crescente para produtores rurais brasileiros. Contudo, é importante esclarecer que esta planta não tem relação com o algodão cultivado comercialmente. 

Na verdade, trata-se da Calotropis procera, uma espécie invasora que ameaça pastagens e lavouras, causando prejuízos econômicos e ambientais significativos.

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O que é o “algodão de seda”?

Algodão de seda
Foto: Adobe Stock

A Calotropis procera, conhecida popularmente como “algodão de seda”, é uma planta exótica originária de regiões áridas da África e Ásia. No Brasil, ela se disseminou amplamente, tornando-se uma espécie invasora preocupante. 

Trata-se de um arbusto de crescimento rápido, que se propaga eficientemente pelo vento graças aos seus frutos peculiares.

Para que os produtores possam identificar precocemente esta planta invasora, é fundamental conhecer suas características distintivas:

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  • Altura: varia de 1 a 6 metros;
  • Tronco: torna-se lenhoso com o tempo;
  • Folhas: grandes, ovaladas a oblongas, de cor verde-acinzentada, com textura aveludada e nervuras proeminentes.

As flores são vistosas, geralmente roxas na parte superior e brancas na base, agrupadas em cachos. O elemento-chave para identificação são os frutos: grandes, verdes, inflados e em forma de ovo. 

Foto: Adobe Stock

Quando maduros, estes frutos se abrem, liberando sementes envoltas em uma fibra branca e sedosa, que lembra o algodão — daí o nome popular.

Um aspecto fundamental a ser observado é a presença de um látex branco e leitoso em todas as partes da planta. Este látex é tóxico e pode causar irritações na pele, olhos e mucosas em caso de contato direto.

Por que o “algodão de seda” é uma praga?

A Calotropis procera representa uma ameaça significativa para a agricultura e pecuária por diversas razões. Primeiramente, ela compete agressivamente por recursos essenciais como água, luz e nutrientes com as culturas e forrageiras. 

Isso resulta em uma redução drástica da produtividade agrícola e da capacidade de suporte das pastagens.

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Em áreas de pastagem, a infestação por “algodão de seda” diminui consideravelmente o espaço disponível para o pastejo dos animais. 

Além disso, em casos de infestação severa em lavouras, pode ocorrer o entupimento de máquinas agrícolas durante a colheita, gerando problemas operacionais e aumentando os custos de produção.

A toxicidade da planta é outro fator de grande preocupação. O látex presente em todas as suas partes pode causar intoxicação em animais de criação como bovinos, caprinos e ovinos. 

Os sintomas de intoxicação incluem dermatites, lesões gastrointestinais, problemas respiratórios e até cegueira temporária. Em casos graves, a ingestão da planta pode levar à morte do animal.

Adicionalmente, o “algodão de seda” tem um impacto ecológico negativo como espécie invasora. Ela altera a estrutura da vegetação nativa e afeta a biodiversidade local, podendo causar desequilíbrios nos ecossistemas.

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Métodos de controle e eliminação do “algodão de seda”

Controle cultural e preventivo do algodão de seda

A prevenção é fundamental no combate ao “algodão de seda”. Algumas práticas podem ajudar a evitar a infestação inicial ou reduzir sua severidade:

  • Rotação de culturas: esta prática ajuda a quebrar o ciclo da planta invasora;
  • Uso de forrageiras competitivas: plantas que sombreiam e inibem o crescimento do “algodão de seda”;
  • Limpeza de máquinas agrícolas: evita a dispersão de sementes entre áreas;
  • Monitoramento constante: especialmente nas bordas das propriedades, para detecção precoce.
Algodão de seda
Foto: Adobe Stock

Controle físico e mecânico do algodão de seda

Para infestações já estabelecidas, métodos físicos e mecânicos podem ser empregados:

  • Roçada frequente: embora a planta rebrote, roçadas repetidas enfraquecem a planta ao longo do tempo. É importante manter a frequência para obter resultados;
  • Arranquio manual: indicado para plantas jovens e em pequenas infestações. É fundamental o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devido ao látex tóxico;
  • Aração e gradagem: pode ser eficaz para incorporar as plantas ao solo. Contudo, deve-se tomar cuidado para não dispersar sementes e fragmentos de raízes que podem gerar novas plantas.

Controle químico do algodão de seda

O controle químico é uma opção eficaz, especialmente para infestações extensas. Herbicidas sistêmicos têm mostrado bons resultados contra a Calotropis procera. No entanto, é imprescindível consultar um engenheiro agrônomo para a prescrição correta do produto.

Ao utilizar herbicidas, é fundamental seguir rigorosamente as recomendações de dosagem e modo de aplicação (que pode ser foliar, no toco, ou na base do caule). O uso de EPIs completos é obrigatório, assim como o respeito à legislação ambiental vigente.

O armazenamento, manipulação e descarte dos produtos químicos devem ser feitos de acordo com as normas de segurança para evitar riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

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O combate eficaz ao “algodão de seda” requer uma abordagem integrada, combinando diferentes métodos de controle. A identificação precoce da planta e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para evitar infestações severas. 

Para produtores rurais que já enfrentam o problema, a consulta a um profissional qualificado é essencial para desenvolver uma estratégia de manejo adequada às condições específicas de cada propriedade.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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