A escolha por sementes certificadas promove lavouras mais produtivas e resistentes, com controle de qualidade que contribui para um agronegócio sustentável
O uso de sementes certificadas tem se tornado um pilar fundamental para garantir a produtividade e a rentabilidade das lavouras no Brasil e no mundo.
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que, em 2023, o uso de sementes certificadas representou cerca de 80% do total utilizado nas principais culturas, como soja e milho, indicando um crescimento contínuo da adesão a essa prática.
As sementes certificadas passam por processos rigorosos de controle de qualidade, assegurando que possuam características genéticas puras, alta taxa de germinação e vigor. Elas são inspecionadas por órgãos como o Mapa e certificadoras credenciadas, garantindo que as normas de produção sejam respeitadas desde o plantio até a colheita.
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), sementes de alta qualidade são essenciais para o aumento da produção global de alimentos, promovendo maior segurança alimentar e sustentabilidade.
O uso de sementes certificadas permite que as lavouras alcancem o máximo de seu potencial genético.
Segundo a Embrapa, a escolha por sementes de qualidade pode incrementar em até 30% a produtividade, graças à uniformidade no desenvolvimento e resistência das plantas.
A qualidade dos produtos colhidos está diretamente ligada ao uso de sementes certificadas. Com a pureza genética assegurada, os agricultores conseguem obter grãos, frutas e hortaliças mais homogêneos, melhorando a estética e o valor de mercado dos produtos.
Isso se traduz em maior aceitação nos mercados interno e externo, impulsionando a competitividade do agronegócio brasileiro.
Embora as sementes certificadas possam ter um preço mais alto inicialmente, seu uso reduz os custos operacionais ao longo do ciclo produtivo.
Com uma taxa de germinação elevada e menos necessidade de tratamentos corretivos, o agricultor economiza em insumos e mão de obra.
Além disso, plantas mais saudáveis são menos suscetíveis a perdas, aumentando a eficiência da lavoura.
Devido à seleção rigorosa e à adaptação desse tipo de semente, há menor incidência de pragas e doenças. Isso contribui para a redução do uso de agrotóxicos, beneficiando o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores rurais.
A diminuição na aplicação de químicos também se alinha às práticas de produção sustentável, cada vez mais demandadas pelo mercado consumidor.
A utilização de sementes certificadas contribui para práticas agrícolas mais sustentáveis, promovendo o uso responsável dos recursos naturais.
A uniformidade no crescimento das plantas favorece a economia de água e nutrientes, enquanto a resistência genética reduz a necessidade de aplicações químicas intensivas.
Essa abordagem está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que visam melhorar a eficiência produtiva e a preservação ambiental.
As sementes certificadas podem ser classificadas em diferentes categorias, como S1, S2 e S3, que representam estágios distintos de multiplicação.
A categoria S1, por exemplo, refere-se a sementes mais próximas da original (sementes básicas), enquanto as categorias subsequentes indicam reproduções controladas que mantêm a qualidade genética.
As sementes certificadas de soja oferecem vantagens como resistência a doenças comuns, incluindo a ferrugem asiática, e maior tolerância a estresses climáticos. As variedades incluem cultivares resistentes a herbicidas, como a soja transgênica RR (Roundup Ready).
No cultivo de milho, as sementes híbridas e certificadas são amplamente utilizadas por sua alta produtividade e resistência a pragas como a lagarta-do-cartucho. Variedades como o milho Bt (modificado geneticamente) ajudam a reduzir a necessidade de inseticidas.
O algodão certificado apresenta maior resistência a pragas como o bicudo-do-algodoeiro e maior rendimento em fibra de qualidade. Isso se traduz em melhores resultados para a indústria têxtil.
Ambas as culturas beneficiam-se de sementes certificadas que apresentam melhor germinação, tolerância a doenças fúngicas, resistência a condições adversas, como seca ou excesso de umidade.
Os cultivos de tomate, feijão e outras leguminosas também utilizam sementes certificadas, proporcionando produtos mais uniformes e de alta qualidade para o mercado de hortifrutigranjeiros.
Sementes certificadas podem ser adquiridas em lojas agropecuárias, cooperativas e distribuidores especializados.
É fundamental verificar a procedência e a validade do certificado de qualidade, assegurando que o lote tenha sido inspecionado e aprovado por órgãos oficiais. Compras em locais não regulamentados podem resultar em sementes de baixa qualidade, afetando negativamente a produtividade.
A compra de sementes sem certificação pode ter consequências severas, incluindo baixa produtividade e maior exposição a pragas e doenças. Além disso, a prática de comercializar sementes não certificadas é ilegal no Brasil e pode acarretar multas e sanções.
No Brasil, a legislação que regulamenta a produção e comercialização de sementes é rigorosa. A Lei de Proteção de Cultivares (Lei nº 9.456/97) estabelece diretrizes claras sobre a produção, certificação e comercialização.
Penalidades incluem multas e, em casos extremos, a interdição da atividade do comerciante. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é responsável pela fiscalização e pela garantia de que essas normas sejam cumpridas.
Armazene as sementes em locais frescos e secos, protegidos de luz solar direta e umidade excessiva, para manter a viabilidade e o vigor das sementes. O tratamento preventivo com fungicidas e inseticidas pode proteger as sementes de pragas e doenças, garantindo um bom início de plantio.
Além disso, siga as orientações de plantio quanto à profundidade e espaçamento para cada tipo de semente. Isso assegura uma germinação uniforme e um desenvolvimento homogêneo da lavoura.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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