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Por que o céu fica rosa?
As cinzas da erupção de um vulcão na Polinésia transformaram o horizonte em diversos países, inclusive no Brasil; conheça mais do fenômeno e entenda por que o céu fica rosa
10/03/2022 - 10:44
Tonga, um arquipélago constituído por 169 ilhas na Polinésia, foi palco da erupção de um vulcão subaquático que causou um tsunami na região e em outros países da Oceania. Em outros locais do mundo, o fenômeno gerado pelo vulcão Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai chamou a atenção por outro motivo: o céu ficou rosa.
A movimentação sísmica ocorreu em 15 de janeiro deste ano e lançou toneladas de partículas de poeira e cinzas na atmosfera. Empurrado por ventos atmosféricos, o material provocou o aparecimento dos tons vermelhos, alaranjados, roxos e rosas no céu de vários países, inclusive em cidades brasileiras, como São Paulo (SP).
Veja o que causa o evento e o impacto que ele teve nos países do Pacífico.
Entenda por que o céu ficou rosa
Ao atingirem a estratosfera, os gases de dióxido de enxofre se transformam em partículas de aerossóis ou sulfato, sendo este a substância que interage com a luz solar, conferindo a coloração púrpura e laranja ao céu, sobretudo nas primeiras horas do dia e próximo ao pôr do sol.
Erupções vulcânicas subaquáticas ou vulcões submarinos são formados pelo vazamento de magma do interior da crosta terrestre, o qual se acumula entre as fissuras das rochas. As atividades sísmicas e o acúmulo de magma, por sua vez, provocam a explosão.
No caso recente de Tonga, as cinzas do vulcão foram lançadas a uma altitude de 26 quilômetros na estratosfera, o que propiciou o espalhamento delas pelo globo. Para se ter ideia do impacto, a explosão emitiu centenas de vezes a energia mecânica equivalente à bomba atômica de Hiroshima. Estima-se um valor entre 4 e 18 megatons de explosivo trinitrotolueno (TNT).
Veja como a erupção afetou o Pacífico
Para os países do Oceano Pacífico, o espetáculo do céu rosa tem uma face menos colorida. A erupção e o tsunami deixaram diversos países em estado de alerta, como Japão, Estados Unidos, Chile e Equador. Além disso, o cabo do submarino que conduzia sinal de internet para Tonga foi rompido durante os tremores, deixando a população sem comunicação.
Com um histórico traumático de tsunamis, o Japão emitiu alerta para possíveis ondas de até 3 metros. A ilha Amami foi atingida por uma onda de 1,2 metro, e houve ocorrência de um micro tsunami em outras partes da costa.
Enquanto isso, a Austrália alertou que partes do litoral, incluindo a capital Sydney, poderiam estar sujeitas a ondas com volume acima da média. Os moradores de Nova Gales do Sul, vizinhos ao país, também foram aconselhados a se afastar da costa.
Equador, Chile e Peru alertaram banhistas, solicitando-lhes que evacuassem as praias e interrompessem os passeios de verão, sob risco de ficarem expostos a ondas grandes. Nos Estados Unidos, o Serviço Nacional do Clima indicou a possibilidade de ondas mais brandas (60 centímetros), mas possíveis inundações no litoral, da Califórnia ao Alasca. Relatos semelhantes foram emitidos para os habitantes do Canadá.
Apesar da preocupação, os danos foram pequenos, e mesmo Tonga sofreu efeitos que poderiam ser mais graves, a depender da dimensão do abalo sísmico. Alívio para os países do Pacífico, ótimo espetáculo para quem conseguiu apreciar um céu enfeitado.
Fonte: Brasil Escola, EBC.
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