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Guia da plantação de arroz: 10 passos para cultivar o grão
Arroz é o 3º maior cultivo brasileiro e está presente na mesa de consumidores, fazendo dobradinha com o feijão
3 minutos de leitura 01/05/2023 - 09:52
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O arroz é a terceira cultura mais volumosa do Brasil, atrás apenas da soja e do milho. O grão chegou ao País com Pedro Álvares Cabral e se tornou um dos principais alimentos da mesa dos brasileiros, ao lado do feijão.
Para a safra 2022/2023, a Companhia Nacional de Abastecimento prevê a colheita de 10 milhões de toneladas de arroz. Cerca de 90% desse volume serão destinados ao consumo interno e apenas 10% serão exportados.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor do cereal no País, mas a plantação de arroz pode ser instalada em qualquer região. Mais recentemente, Mato Grosso e Tocantins têm ganhado destaque na produção do cultivo. Confira dez passos essenciais para cultivar arroz.
1. Escolha do local
O arroz é uma cultura que exige solos úmidos e bem drenados, por isso é importante escolher um local plano ou com declive leve para evitar encharcamentos. É necessário também que o solo seja rico em nutrientes e tenha pH entre 5,5 e 6,5.
2. Preparo do solo
O preparo do solo deve ser feito com antecedência; de preferência de 30 dias a 45 dias antes do plantio, deve-se arar e nivelar a terra antes de manejar. Em áreas onde o arroz foi plantado em safras anteriores, é relevante realizar a rotação de culturas para evitar o acúmulo de pragas e de doenças no solo.
3. Escolha da variedade
A definição da variedade de arroz deve ser realizada com base no sistema de plantio. Para o arroz de sequeiro, é necessário escolher variedades que sejam mais resistentes à seca e ao calor, enquanto para o arroz irrigado são indicadas variedades que tenham maior capacidade de produzir grãos.
4. Época de plantio
O arroz de irrigação deve ser plantado quando houver disponibilidade de água para irrigar. Para o arroz de sequeiro em regiões de clima seco, o plantio deve ser realizado logo após o fim das chuvas, enquanto em regiões mais úmidas a plantação de arroz deve ser realizada antes do início das precipitações.
5. Sementes
As sementes devem ser bem formadas, sadias e livres de doenças. Também é importante escolher as variedades adaptadas à região e ao tipo de cultivo. As sementes devem passar por um processo de beneficiamento que envolve a retirada de impurezas e de itens malformados, para ajudar a reduzir o número de plantas daninhas na lavoura.
6. Plantio
O processo pode ser feito por meio de semeadura direta ou transplante de mudas. As sementes devem ser plantadas em fileiras, com espaçamento entre plantas de cerca de 20 centímetros a 40 centímetros. A profundidade de plantio deve ser de 2 centímetros a 4 centímetros e pode ser feita de forma manual ou mecanizada.
7. Irrigação
O plantio de arroz é uma prática que exige muita água, por isso é necessário manter o solo sempre úmido, mas sem encharcar. É mais indicado o uso de irrigação por inundação, que consiste em manter a lâmina de água entre 2 centímetros e 5 centímetros durante todo o período de desenvolvimento da cultura.
8. Controle de pragas e doenças
As principais pragas do arroz são a lagarta do cartucho, a broca-do-colmo e o percevejo, enquanto as doenças mais comuns são a brusone, a piriculariose e a mancha parda. O manejo pode ser feito pela eliminação de plantas daninhas e pelo uso de defensivos agrícolas de forma controlada, para não gerar efeitos negativos ao ambiente e à saúde humana.
9. Colheita
O arroz deve ser colhido entre 100 dias e 150 dias após o plantio, quando as espigas estiverem com coloração amarela, as folhas estiverem secas e o teor de umidade estiver entre 18% e 22%. O processo pode ser realizado de maneira manual ou mecanizada.
10. Armazenamento
O arroz pode ser armazenado por até um ano, preferencialmente com o grão em casca, para manter a qualidade. As impurezas devem ser retiradas antes do armazenamento. O cereal deve ser guardado em local seco e arejado, protegido da luz direta e da chuva e sem contato com o solo, para evitar a proliferação de fungos e de insetos.
Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
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