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Guaraná da Amazônia: saiba mais dessa produção e seus benefícios

Popular em todo o Brasil, o guaraná da Amazônia é uma boa oportunidade para produtores

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14/04/2022 - 11:00

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Antes de chegar a latas de refrigerante, potes ou cápsulas, o guaraná (Paullinia cupana) é uma trepadeira típica das florestas tropicais brasileiras.

As folhas são grandes e adornadas por flores brancas. Os caules crescem em meio a outras árvores, podendo chegar a até 10 metros de altura — embora, na produção comercial, cresçam em forma de arbusto, com expansão na horizontal.

O que realmente estimula o cultivo do guaraná da Amazônia são seus frutos, que contêm muito mais cafeína (chamada de guaranina) do que os grãos de café.

Esses frutos, que lembram pequenos olhos aglomerados em cachos, são usados em pós, xaropes, barras, suplementos alimentares e refrigerantes vendidos em todo o mundo.

O Brasil é o único país que produz essa fruta, com boa parte da produção na região de Maués, cerca de 350 quilômetros a leste de Manaus, além de cultivo em outras regiões, como o sul da Bahia.

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Os pequenos frutos do guaraná se organizam em cachos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

As lendas do guaraná da Amazônia

A aparência do guaraná chama atenção, pois a semente escura “pula” para fora da casca, rodeada pelo arilo branco, lembrando um olho humano. Essa semelhança é o mote principal das lendas indígenas sobre o guaraná.

O povo Sateré-Mawé foi o primeiro a domesticar a planta, cultivando-a muito antes de sua descoberta pela Ciência.

Uma lenda conta que um pequeno índio dava força à tribo em batalhas até ser ferido por um “gênio do mal”. O deus Tupã sugeriu que os olhos do curumim fossem plantados na terra, dando origem ao guaraná e mantendo a força da tribo.

Outra versão diz que a mãe do menino, desolada pela morte do filho, plantou seus olhos na terra.

Os benefícios do guaraná da Amazônia

As propriedades químicas do guaraná da Amazônia são muito apreciadas. Essa fruta é estimulante, antioxidante, anti-inflamatória, diurética e melhora a pressão sanguínea, entre outros benefícios. Aqui estão alguns dos principais:

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Aumenta a disposição

O guaraná é mais eficaz do que o café para aumentar a energia e a disposição, ajudando a combater a fadiga.

Melhora a concentração

Os compostos presentes no guaraná ajudam a melhorar a concentração e a memória, sendo benéficos para atividades intelectuais.

Auxilia na perda de peso

O guaraná possui propriedades termogênicas que aceleram o metabolismo e ajudam na queima de gordura.

Ação antioxidante

Os antioxidantes presentes no guaraná combatem os radicais livres, protegendo as células do corpo e prevenindo o envelhecimento precoce.

Melhora a saúde cardiovascular

O guaraná pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL e melhorar a circulação sanguínea.

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Combate problemas gastrointestinais

O guaraná pode aliviar a diarreia e a constipação, devido à sua ação adstringente.

Propriedades anti-inflamatórias

Os compostos do guaraná ajudam a reduzir a inflamação no corpo, beneficiando diversas condições de saúde.

É importante lembrar que o consumo excessivo pode causar insônia, irritabilidade e taquicardia.

Boa parte da produção de guaraná é absorvida por fábricas de refrigerantes (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Como funciona o cultivo do guaraná da Amazônia?

A maior parte da produção de guaraná é feita por agricultores familiares, especialmente na Bahia, sendo essa uma opção rentável para pequenos produtores de frutas em clima tropical.

O guaraná da Amazônia é uma planta perene, com florescimento de novembro a dezembro e frutificação entre fevereiro e março. De maneira geral, seu plantio é realizado a partir de clones selecionados, propagados por estacas.

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A reprodução por sementes não era recomendada pela grande variedade genética da planta, que poderia gerar um pomar pouco uniforme. Porém, em 2021, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) introduziu um novo cultivar de guaraná da Amazônia que pode, sim, ser reproduzido em sementes com boa produtividade.

Os novos cultivares inclusive aceleram o início da produção — em média, dois anos contra quatro anos das plantas não modificadas. A colheita em nível comercial é estabilizada a partir dos três anos, com produtividade entre 1,5 kg e 2 kg de guaraná por planta, de modo geral.

Para manter o crescimento do guaraná, as regas devem ser frequentes, porém sem encharcar o solo, que deve ser bem drenado. Recomenda-se que as covas para plantio sejam profundas e os produtores realizem podas de limpeza. A sobrevivência das mudas no campo, depois de um ano, gira em torno de 90% — o excesso de cafeína ajuda a evitar algumas pragas, mas o cuidado continua sendo essencial para manter a saúde do pomar.

Por fim, como dito, o mercado do guaraná segue em tendência de alta. A grande maioria da produção é absorvida pelo mercado interno, mas o pó e os grãos de guaraná também podem ser vendidos para países da Europa e para os Estados Unidos.

Como consumir o guaraná da Amazônia

O guaraná pode ser consumido em pó, cápsulas ou extrato. O pó pode ser misturado em bebidas, como sucos e smoothies, ou adicionado a receitas de bolos e doces.

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As cápsulas são uma opção prática, geralmente recomendadas em doses de 1 a 2 por dia, preferencialmente pela manhã.

O extrato pode ser utilizado em chás ou consumido diretamente. É importante não exceder a dose recomendada de 2g por dia e manter a hidratação.

Fonte: Esalq/USP, Portal São Francisco, Plantei, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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